Ver com os Olhos
- 28
- Jun
- 2012
Não é um pleonasmo. Na realidade, o que nossos olhos captam – e que só é possível com a presença da luz – é apenas o princípio de todo um processo chamado percepção visual.
Olhamos, e o que foi captado terminará em uma imagem que será analisada e interpretada pelo nosso cérebro.
Essa imagem pode ser facilmente manipulada de acordo com vários sentidos, e sentimentos, implicados na ação de ver.
Traduzindo em miúdos: Se estou “pensando com o coração”, ou influenciada por uma situação, a imagem formada em meus pensamentos não será realmente a que os meus olhos viram – será retorcida, exatamente de acordo com que meus sentimentos desejam que eu veja.
Todas as vezes que estamos em uma situação de instabilidade – estou chateada, fui ferida, decepcionada, contrariada, mesmo em pequenas coisas…. Sabe, quando você fica com a pulga atrás da orelha, te perturbando o tempo todo em relação a outra pessoa? Pois é, seremos levados a julgar, a apontar o erro, a medir, sem dar a menor chance de defesa.
E quem perde? O outro, que será mal visto por você? Claro que não! Mas para quem está cego, com os olhos escurecidos, que impedem de ver os próprios erros e falhas, isso não é tão claro assim.
E com que direito pensamos poder julgar alguém, sem nem mesmo enxergar com claridade nosso próprios defeitos?
Já pensou que até mesmo um assassino, um estuprador, um canibal, seja o pior criminoso que exista na face da terra, quando levado a julgamento, ela será sentenciado de acordo com as provas, testemunhas, citações – e tem até mesmo o direito a declarar-se inocente.
E o juiz designado ao caso, tem que ser completamente imparcial, não pode estar ligado emocionalmente de forma alguma ao caso. Ele não pode favorecer nenhum dos lados.
Se não for assim, esse juiz acabará sendo considerado corrupto, e será exonerado do seu cargo. Perderá toda sua credibilidade.
Sempre serei eu mesma quem sofrerá as consequências do meu juízo imprudente.