Talentos

Olá a todos os internautas.

É um prazer muito grande estar aqui convosco. Tenho lido cada comentário, dentre os quais, o de uma internauta que gostaria de ouvir mais áudios sobre como desenvolver os nossos talentos para servir ao Senhor Jesus e como agradá-Lo em nossa maneira de viver.

Sobre esta questão, vou abrir o livro de Mateus capítulo 25, versículo 14:

“Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.O que recebeu cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco.Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.Disse-lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento, aqui tens o que é teu.Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mt.25:14-30)

Nós temos visto muitas pessoas dentro da Igreja – mulheres – que se têm anulado, pois acham que não têm capacidade para grandes responsabilidades ou desafios.
Primeiramente, eu vejo que este senhor, que representa Deus, concede-nos e confia-nos responsabilidades; não faz tudo por nós, mas confia talentos aos Seus servos, para que possam desenvolver.

Se você, mãe, entregasse uma casa a um bebé, como este desenvolveria? Deve crescer e tornar-se um adulto, para assumir determinadas responsabilidades. Ninguém nasce com uma casa pronta ou um trabalho fixo. Não! Temos que “suar”, conquistar o nosso terreno.

E quando Deus confiou talentos aos Seus servos, na verdade, Ele estava a conceder-lhes oportunidades.

Algo me chamou a atenção: O talento é dado segundo a capacidade de cada um, e a própria pessoa é que se capacita; que se interessa.

Um exemplo claro: Você que estava na escola, estudou na faculdade ou tirou um curso, pode ter pago um valor muito alto, mas se, uma vez lá, mostra desinteresse e fica no mundo “da lua”, que tipo de pessoa se está a formar?

– Em uma pessoa preguiçosa, que não se interessa pela responsabilidade que assumiu, negligente com o seu futuro. Além disso, se for um cristão, está a dar um péssimo testemunho, pois os demais associarão a sua fé, ao fato de se revelar uma pessoa “anulada” e “burra”.

A capacidade está na disposição e entrega da pessoa naquilo que se propõe. Ninguém nasce capaz. Cada capacidade é adquirida com o tempo, com a prática e a entrega de cada um no que deseja investir.

Por exemplo, se eu pretendo desenvolver o meu trabalho e que me sejam confiadas mais responsabilidades, eu vou além. Vou apreciar o que faço. Pois nenhum chefe gosta de ter empregados que murmurem constantemente, aborrecidos, que reclamem. Ninguém gosta disto!

O bom servo, quando recebe a responsabilidade, qualquer que seja, vai além do que lhe foi atribuído!

Mas vemos pessoas, mesmo sendo obreiras ou esposas de pastor, que fazem apenas o que lhe compete, já achando que fazem muito. E não é assim… Eu estou perante uma oportunidade!

A meu respeito, onde passei como obreira, era a primeira a arrumar a sala das obreiras. E todas as semanas estava desarrumada. Mas lá estava eu para arrumar!
Havia disposição, não porque o fazia para o pastor ou para a Igreja, mas porque tinha o desejo de servir e, quando assim é, capacitamo-nos e descobrimos valores!

Se fazemos apenas o que temos que fazer, somos servos maus e negligentes. Seremos servos bons e fieis, quando fazemos além daquilo que nos foi pedido.

Deve enxergar a sua situação; somos nós que nos capacitamos. Por exemplo, não fiz nenhum curso para fazer rádio, para escrever num Blog, mas o que me capacita, é a minha disposição; o meu desejo em servir.

Então, não importa os erros que vou cometer, como vou começar, ou o coração a bater forte, no início. Nada importa, além do meu objetivo.

O meu talento está associado ao objetivo de servir, mediante a minha disposição.

“A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade…”

A palavra capacidade resume aptidão, que é a qualidade de estar apto; inclinado, disposto…

Se eu me coloco à disposição, com certeza encontrarei talentos que aprimorarei e me tornarei capaz.

Perante a responsabilidade, um servo recebeu cinco talentos e saiu imediatamente. Isto, só faz quem está disposto, quem tem objetivo, vê como uma oportunidade e tem prazer em servir.

Só não sai de imediato, aquele que pensa: “Ai, vai custar-me muito; eu não sei; vou pensar como fazer…” Não! Ainda que erre, quem tem objetivo, sai para a descoberta! Quer desenvolver o talento.

E esta disposição vai ao encontro do orgulho que a faz temer, da sua inibição. A pessoa disposta está pronta a encarar o desafio.

Tanto aquele a quem foram dados cinco talentos, como dois, os multiplicaram.

O que eu tenho, eu vou multiplicar! À medida que nos dermos, vamos receber.

“Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.”

Acredita que eu vejo isto em muitas pessoas dentro da Igreja? Têm vergonha e medo de agir a sua fé.

Os que receberam cinco ou dois talentos, criam em si mesmos e no Deus que lhes outorgou aquela responsabilidade. Já o que recebera um talento, não! Duvidou; achou que o seu senhor era mau, que cobrava muito. Tinha maus olhos para com o seu Senhor!

Quando o servo está à disposição, não tem maus olhos para com o senhor, mas sente-se honrado por ter recebido os seus talentos. E, por conseguirmos multiplicar de imediato, a nossa capacidade aumenta.

O servo fiel, para entrar no gozo do seu Senhor, é aquele que desenvolve, principalmente na sua parte espiritual.

Quem quer que seja, se não desenvolve além do “fazer”, mesmo sendo bem remunerado no que faz, deixa a desejar… Esconde-se; tem medo, é tímido e covarde, sente-se incapaz de falar com outras pessoas, compara-se com os demais, quer dizer, não vive a fé!

Quem vive pela fé, é justo para Deus. É aquele que sai imediatamente para negociar.

Quem vive pelos sentimentos, nada faz além de pensar, ter maus olhos e basear-se nas emoções, que não lhe trazem nenhum benefício mas que a mantêm aprisionada.

E existe o tempo da colheita! O senhor daqueles servos ausentou-se, por um tempo…

Perceba que Deus dá responsabilidades às pessoas, mas Ele não é severo. Simultaneamente, dá um tempo para desenvolvermos. Somos nós que nos capacitamos e nos fazemos escolhidas, quando nos colocamos à disposição; quando damos valor ao pedido do nosso Senhor.

Desde que recebi o Espírito Santo, passei a ter um compromisso com Ele. E isto estava acima de qualquer desejo. O meu prazer não estava em satisfazer a minha vontade, mas a de Deus. E, à medida que me fui dando, também fui recebendo e conhecendo o meu Senhor.

Quando O conheci como o Senhor bom, que quer o meu bem, eu investi n’Ele, e, hoje, o que conheço de Deus é magnífico! Muito além do dia em que fui batizada com o Espírito Santo.

Há muitas pessoas que dizem: “Quando eu era obreira, quando estava ativa na fé, mas fui esmorecendo…” Isto, porque não multiplicou o seu talento; não o desenvolveu, mas escondeu. Não se empenhou na valorização da sua alma.

Quando se desenvolve a parte espiritual, automaticamente, todas as demais áreas da nossa vida, tendem a desenvolver.

Os detalhes parecem ser insignificantes, mas revelam temor, nas coisas mínimas. Se sou fiel nos detalhes, o serei igualmente nas “grandes” responsabilidades.

Está aqui a resposta, porque muitas pessoas não desenvolvem: Enterram! Pensam que não têm capacidade e ficam com medo de se empenhar em determinadas atividades; de desenvolver a sua área inteligente. Nunca lhes pode ser dada nenhuma responsabilidade, pois não gostam de pensar…

Se não gosta de pensar, não gosta que Deus fale consigo, pois Ele só o faz, no momento em que você usa a sua fé inteligente. E, se não pensa, apenas vive pela emoção; pelo que sente. E muitas pessoas na Igreja têm uma vida e uma fé “amarrada” porque não gostam de pensar. Porque querem que os demais pensem em seu lugar; são preguiçosas!

Deve aprender a desenvolver a parte espiritual; pensar como pode fazer melhor o seu trabalho; empenhar-se… Não porque eu estou a falar, mas porque precisa valorizar-se como pessoa, porque Deus a valoriza, dando-lhe responsabilidades para desenvolver a sua fé e investir em si própria. E isto apenas acontece quando existem desafios, que a levam a pensar.

Pense, para que Deus a possa usar, amiga!

“Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento, aqui tens o que é teu.”

Veja como este servo encarava o seu senhor… Perceba como muitas pessoas olham para Deus; como alguém severo. Não, Ele não é severo consigo! As dificuldades são para que desenvolva.

Ele apenas devolveu o que o seu senhor lhe havia dado. Fez uma desfeita; desvalorizou a oportunidade que lhe fora dada, e ainda se desculpou.

Interessante, que os primeiros falaram com Deus com respeito e temor. Já o último, observe o seu espírito: “… sabendo que és homem severo.” O espírito da pessoa, é que a capacita, ou não! Se gosta de ser preguiçosa e negligente, colherá o que você é, pois sempre colhemos o que plantamos.

“Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.”

Além de esconder, ainda evitou que alguém desenvolvesse…

Aquele que não desenvolve, perde, mas o que se esforçou e sacrificou, recebe mais ainda.

“Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.”

Você não tem em abundância, porque o seu espírito é fraco! Está aí a resposta porque muitas pessoas têm problemas financeiros gravíssimos: Porque não se empenham no que fazem. Murmuram pela crise na Europa e descontam no seu trabalho, ao invés de serem as melhores!
Aqui fica provado o seu caráter e fidelidade a Deus. Além de que é dizimista daquilo que recebe e, quando murmura, dá igualmente o dizimo do que também murmurou.
O que apresenta a Deus, é aquilo que você é!

Seja constante na sua forma de ser e forte no seu espírito!

Faça os seus comentários, pois a sua questão, pode ser o que abordaremos no nosso programa.

Um grande abraço e até mais!