Espírito do Engano

Viviane Freitas

  • 17
  • Out
  • 2011

Espírito do Engano

  • 17
  • Out
  • 2011

Muitas pessoas confirmam que são batizadas com Espírito Santo, porém como avaliar se realmente foram batizadas com Espírito Santo?

Eu posso escrever sobre isso, porque uma vez dizia que fui batizada com Espírito Santo, mas não o era.

Sabe quem eu era?

Eu não era sincera o bastante comigo. Não avaliava o que eu era, mas o que eu queria ter. Nessa altura do meu engano, eu sempre chorava nas reuniões e nas buscas. O fundo de oração me fazia exprimir a dor da alma que tinha. Eu invejava o que o mundo oferecia, o que eu não “tinha”. Eu não tinha amigos porque não me comportava mal (palavrões, amizades destrutivas, namoros e etc…) tinha consciência da verdade, porém, queria mais satisfazer aos meus caprichos pessoais e escondidos, do que ser o que eu dizia “ter”.

Me camuflava com minha aparência. Me fazia de boba, enquanto sabia do certo que deveria fazer. Mas não mudava, porque não achava errado. Achava que tinha direito a certas coisas. Era muito autoconfiante de que eu era boa demais para cometer loucuras ou erros do mundo.

Trazia certa “segurança” de que eu era batizada, mesmo sendo infeliz internamente. Ninguém via, pois era sempre muito brincalhona, ria e vivia naquele mundo só meu.

Enganava a mim mesma, dizendo que estava sacrificando para Deus, porque eu não cometia aqueles erros graves que eu sabia que eram feios, porém, ocultava os erros mais podres dentro de mim. Esse lado escuro que ninguém conhecia eram os segredos mais ocultos – a cobiça que eu sentia pelo mundo. A ansiedade pela novidade.

Ainda que não “praticava os erros” do mundo, eu desejava e ansiava.

Porquê isso? Porquê sempre o mundo brilha mais forte para o adolescente? Porque existia um vazio que, pensava eu, tinha que ser preenchido pelo namorado, pelas saídas ou baladas.

Era uma pobre. Não conseguia enxergar a felicidade que estava estampada no meu lar – em meus pais. Não conseguia enxergar o gostoso que é ter um lar. Não conseguia enxergar a independência dos que servem a Deus.

Cobiça, e cobiça o mundo externo.

São os amigos! É o namorado! É a aparência! É o sucesso! Tudo para amenizar o oco que sentia.

Ninguém sabia o drama. Nem minha melhor amiga, minha irmã. Eu ocultava e ela fazia o mesmo. O nosso orgulho não deixava transparecer “o podre” que carregávamos dentro de nós.

Estava constantemente na igreja, gostava de ir na igreja, porém, chegou a uma altura que parece que aquele interesse foi ofuscado diante do brilho que o mundo me trazia. Sexta-feira era o pior dia. Sabe porquê? Porque não tinha o brilho do mundo para contemplar.

Foi triste a minha história. O lábio leporino e palato fendido não eram o problema da minha vida, e sim o vazio.

Até que um dia…. tive a oportunidade de sair daquela escola e voltar ao Brasil.

No próximo post conto mais essa história.

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31 comentários

  1. eu amo muito a senhora

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  2. Olá Dona Vivi!!

    Eu sempre fui triste vazia,desde da minha infancia,cresci assim sendo uma morta interiormente,quando estava perto de familiares tudo estava bem aparentemente,mas quando eu ficava sozinha vinha a realidade do que eu erra,a felicidade que eu tinha erra momentanea,tive depressão chorava mais do que tudo,sem motivo nenhum.Até que eu encontrei a Deus e não aceitei mais ser assim fraca, sentimental,mendiga, dei um basta nisso tudo e busquei a ajuda de Deus ele veio até mim,mas antes disso eu tive que renuncia todas as minhas vontades,sacrifica o meu tudo para que Deus viesse até mim e me transforma,não foi facil,mas eu firmei o meu objetivo,fui com todas minhas forças,Deus só veio quando eu derramei todo o meu sangue no seu altar.

    Quero cada vez mais conhecer a Deus aprender,ter cada vez mais mudanças porque não aceito de viver da gloria do passado,mas sim viver em novidade de vida.

    Pledge.Daiane Lopes

    Beijinhos a todas

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  3. oi D.vivi eu não espero ver a segunda parte de sua historia,pois vai ajudar muitas pessoas.. um .forte abraços. sabe teve um momento de minha vida que pensava que estava sozinha mais lendo um de seus artigos me fez ter certeza de que Deus é com migo. agora tenho enfrentado muitas pesseguições na obra de Deus pois sou obreira e desejo fazer a obra no altar, alias eu vou tenho a certeza disto. E de uma coisa eu sei que para saber se o ouro é ouro mesmo ele tem que passar pelo fogo não é verdade?.

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  4. D.vivi essa parte da sua vida é muito interessante e sincera pois o que mais me chama atenção nas pessoas é sinceridade. creio de que esta parte da sua história vai poder ajudar as pessoas que estão se enganando com sigo mesmo, vivenciando a mesma história como a sua. Há seus estudos me ajudam muito que Deus abençoe a sr. muito beijinhos.

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  5. Olá Dn. Viviane
    Lendo esse post me identifiquei muito, porque algumas pessoas acham q por ter nascido dentro da igreja, não tive q passar pelo processo de libertação, que não tinha cometido pecados, que era uma santinha, e quão enganados todos estavam, e eu sabia disso. Apesar de ocultar também dentro de mim, sentia a carne gritar pelo mundo, apesar de nunca ter me envolvido os desejos existiam, o coração pedia. Graças a Deus que reconheci cedo o quão suja eu estava e o quanto eu precisava de ser salva. E aí sim veio o arrependimento, o perdão, e depois o grande Dia, o Ah! que dia na minha vida.

    Que Deus abençoe a senhora.
    Bjinhos .

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  6. Dona Vivi,
    Vou esperar a continuação!
    Os teus posts têm verdadeiramente me ajudado.

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