Deus não é indiferente, mas Ele respeita a sua escolha

Quem é Deus diante de tantos acontecimentos aqui na Terra?

Será que Ele nos deixa aqui sozinhos?

Bem, Deus respeita as nossas decisões, a nossa escolha, assim como aconteceu com Jacó.

Jacó saiu da sua casa para ir ao encontro do seu tio, irmão de sua mãe. E, após ficar algum tempo sozinho, Raquel foi a primeira pessoa que ele encontrou.

Então, Jacó anunciou a Raquel que ele era seu primo, filho de Rebeca. E ela correu para falar ao seu pai. Que novidade, não é mesmo?

Raquel havia ido embora para se casar com Isaque, e nunca viu o seu irmão Labão. Então, quando Jacó disse que era filho de Rebeca, é claro que Raquel saiu toda eufórica, toda feliz, porque o seu primo havia chegado.

“E aconteceu que, ouvindo Labão as novas de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e beijou-o, e levou-o à sua casa; e ele contou a Labão todas estas coisas. Então Labão disse-lhe: Verdadeiramente és tu o meu osso e a minha carne. E ficou com ele um mês inteiro. Depois disse Labão a Jacó: Porque tu és meu irmão, hás de servir-me de graça? Declara-me qual será o teu salário.” Gênesis 29:13-15

Jacó chegou lá com “uma mão na frente e outra atrás”. E não foi porque ele fez um voto em Betel que a porta do céu já se abriu e as coisas caíram de forma espontânea. Não! Jacó teria que conquistar, teria que trabalhar para isso.

“E Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Lia, e o nome da menor Raquel. Lia tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista. E Jacó amava a Raquel, e disse: Sete anos te servirei por Raquel, tua filha menor.” Gênesis 29:16-18

Jacó não tinha dinheiro, não tinha condições, mas ele trabalharia sete anos para casar-se com Raquel.

“Então disse Labão: Melhor é que eu a dê a ti, do que eu a dê a outro homem; fica comigo. Assim serviu Jacó sete anos por Raquel; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava.” Gênesis 29:19,20

O seu gosto, a sua vontade, a sua decisão é algo muito particular, é algo que você escolhe, e isso não quer dizer, necessariamente, que o seu sonho seja o sonho de Deus.

Nós escolhemos pelo que vemos. No caso de Raquel, a Bíblia diz que ela tinha um semblante formoso e era formosa à vista. Mas sobre Lia não fala nada disso, apenas que ela tinha olhos tenros.

Você e eu olhamos para o lado físico, para o externo, e temos as nossas escolhas. E Deus com tudo isso é indiferente? Não! Deus nos respeita!

É como se Deus falasse: “Se você está escolhendo assim, olhando a aparência, você gosta dessa menina, então está bem.”

Só que nessa história, há outras pessoas envolvidas, existe a alma de Labão, a alma de Lia, a alma de Raquel e a alma de Jacó. São quatro pessoas, quatro almas, e cada uma tem o seu jeito, a sua vontade, a sua escolha, o seu sonho. E cada um está refém do que o outro faz.

Mas Deus não interfere na vontade dos quatro, entenda isso. Deus não é indiferente, mas Ele respeita a sua escolha, a sua decisão.

Por isso, você não pode ser injusto, não pode colocar a culpa em Deus de todo o sofrimento no mundo. Não! O que nós plantamos, nós vamos colher.

Então, se nós escolhemos, obviamente, nós vamos ter resultados daquela escolha. Que fique muito claro isso: Deus respeita!

Aqui não fala nada sobre Deus, que Deus falou alguma coisa a Jacó.

E Jacó tampouco perguntou a Deus.

Assim como Deus respeita nossas escolhas, também precisamos respeitar as consequências das nossas escolhas.

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