Quarentena – 22º dia

Viviane Freitas

  • 15
  • Jan
  • 2013

Quarentena – 22º dia

  • 15
  • Jan
  • 2013


“Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino, era governador da Síria.Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogénito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lc.2:1-7)

Naqueles dias, na época de Maria e José, teve lugar este recenseamento. Não foi diferente ou houve facilidades, ainda que ela estivesse grávida.

Mas algo me chama, particularmente, a atenção: Se for a Israel, observará que as montanhas e declives são comuns e, naquela época, ainda não existiam transportes públicos.

Se imaginar, Maria grávida, já completando os seus dias, correndo para alistar-se na cidade de Belém… Imagine você própria, como estaria, mulher?!

Eu imagino que estaria reclamando…

Olhando para as dificuldades!

Mas, de forma alguma, Maria colocou objeção.

Naquela altura, apenas os homens eram recenseados mas, nem por isso, Maria deixara de estar ao lado de José, mesmo grávida e prestes a dar à luz.

E, chegando na cidade, não encontravam lugar algum para se hospedarem…

Uma mulher, já acusando o “peso”; “enjoada”; procurando um lugar e, a cada porta que batiam, todos se revelavam ocupados; ninguém deu espaço em sua casa, para que Maria e José permanecessem.

E o mesmo sucede hoje…

Muitas pessoas estão tão ocupadas, que não dão espaço para que Deus nasça dentro delas.

Porque com eles, à semelhança de todos os que Deus chama, não há facilidades. Tiveram que pagar um alto preço por “carregar” no ventre o Senhor Jesus.

Se nós, mulheres, avaliarmos as nossas palavras em meio aos imprevistos, provavelmente encontraremos reclamações, murmurações, aborrecimento e questões: “Logo agora, em meio à gravidez, lançaram este decreto!?”

Não houve diferença ou “consideração” pelo seu estado… Tudo haveria de ser cumprido, conforme o previsto.

Mas a disposição de Maria já era evidente, a partir do momento que ela dissera o anjo: “Eis-me aqui!” Disse-o com palavras, na altura, e agora, reafirmou-as com a própria vida!

Quando percebemos que uma pessoa murmura; reclama; acha tudo difícil – porque a mulher gosta de se programar – significa que o seu “Eis-me aqui…” não passou de emoção; não foi além de palavras sem conteúdo!

“…porque não havia lugar para eles na hospedaria.”

Ninguém abria a porta ou tinha espaço para hospedar o casal, mas, mesmo assim, eles acharam uma forma…

Ainda que surjam imprevistos ou dificuldades, há sempre uma solução.

Talvez não da forma como gostaríamos – “tudo perfeitinho” – mas se estivermos dispostas a submeter-nos a qualquer situação, em obediência, ficará realmente provado que as palavras da nossa boca são verdadeiras.

O próprio Deus permitiu tal situação, para que servisse de exemplo, para mim e para si, que Ele age quando ficamos na Sua total dependência.

A pessoa que vive pela fé depende de Deus.

Então, quando surgem os imprevistos, não se assusta, não reclama ou murmura.

Quando deixamos Deus agir na nossa vida, permanecemos tranquilas e em paz.

Já quem não age de acordo com a fé, vive na preocupação, entregue às dúvidas, inseguranças, medo, timidez e incertezas quanto ao dia de amanhã…

E, perguntará você: “Como posso controlar estes sentimentos, pois, quando me apercebo, já se manifestaram, através de reclamações, palavras negativas, etc.?”

Amiga, você não é diferente dos demais seres humanos… Surgem os imprevistos que nos levam a errar! Mas temos que estar alerta…

Se está a participar nesta Quarentena, definida a “ser “ para Deus, já estará atenta e perceberá que essas reações são contrárias à Sua voz, lembrando-se, então, das palavras que ouviu anteriormente.

Os erros serão inevitáveis, mas pode disciplinar-se, a si própria, permanecendo atenta e vigilante. Então, estará disponível para que Deus cumpra em si, o plano d’Ele.

Os imprevistos que têm lugar na sua vida têm um propósito definido.
Se você decidir controlar – com a própria força – ou reclamar, é como se não quisesse depender de Deus.

Que tipo de fé tem manifestado? Tem dependido de Deus nos imprevistos; nas dificuldades, ou tentado manipular e dirigir a sua vida?

Se estiver totalmente nas mãos de Deus, confie! E, diante da situação, não ficará atordoada e cheia de preocupações. Pelo contrário, achará uma paz, muito além do que poderia imaginar.

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91 comentários

    Bom dia e que ele seja abençoado!

    As lutas estão aí e os imprevistos também, mas cabe cada uma de nós determinar se as queremos vencer ou não e com a ajuda de Deus ou com a força do nosso braço. Quando estamos na dependência de Deus, Ele luta connosco e vencemos pois não olhamos à volta, não olhamos as circunstâncias ao nosso redor. É isso que a dependência em Deus nos faz: olhar para Ele, para frente apenas. Pessoas estão perdendo-se por causa das dificuldades que aparecem, dos muitos imprevistos. Eu me perdi por causa da anciedade, porque olhei as dificuldades dos imprevistos, perdi a direção, deixei de olhar para Deus, perdi a orientação da Luz de Deus. Não deixei que Deus fizesse o que Ele tinha para fazer e acabei por perder tempo com outras coisas. A luz dEle hoje me orienta, me dá direção e eu olho apenas para Ele.
    Ah, Deus foi tão bom entregar-me a sí e continuarei a fazê-lo até ao fim dos meus dias, pois sem o senhor eu não sou nada, não presto para nada, pois não quero de forma alguma voltar ao inferno que era a minha vida.
    D. Vivi tenho estado nesta quarentena a analisar tudo dentro de mim, o meu interior e tenho encontrado coisas que ainda têm que ser mudadas, no entanto, quero tira-las de mim mas como sozinha não consigo, entreguei-as nas mãos de Deus. Hoje estou totalmente na sua dependência, tenho que estar firme com Deus.

    Obrigada Deus, obrigada d. Vivi, obrigada d. Luísa.

    Beijo grande

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    Boa noite d. Viviane.DEUS muitas vezes permite situações em nossas vidas para q nos possamos exercitar a nossa fe ,e nos reclamamos m,murmuramos.Temosq depender de DEUS,porq NELE esta a nossa força a nossa salvaçao.beijinhos.

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    Boa noite D.Viviane.
    Olhamos sempre para as dificuldades e nos ocupamos com coisas que não agradam a Deus. Por isso para termos uma comunhão com Deus e o cumprimento da sua palavra em nossa vida, temos que esta na total dependencia dele. Isso é só com a fé.Obrigada

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    Deus permite determinadas situações para provar-mos a nossa fé, a nossa total dependência Dele, se murmuro na hora da dificuldade e tento dar o meu jeito é porque não estou totalmente na depedência de Deus, não estou a viver pela fé! Continuo a cometer erros, a ansiedade por vezes quer aflorar e os pensamentos vêm…mas por estar alerta e a disciplinar-me são amarrados na hora! Quero ver Deus na minha vida e a odediência é o unico caminho…

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    Olá D. Viviane. São os imprevistos e as dificuldades que nos tornam mais fortes. Fazem-nos perseverar para ir até ao fim. Mas para que isso aconteça essa força tem de vir de Deus. Viver pela fé, na Sua dependência. Se a minha vida está nas mãos de Deus de facto e de verdade eu vou estar disponível para ouvir a Sua voz e disponível para que Ele cumpra o Seu plano na minha vida. Muito forte. Beijinho.

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    Me indentifiquei totalmente, pois eu queria tudo programado, até mesmo com as coisa de Deus, querer fazer do meu jeito, foi uma falha que eu encontrei em mim. Talvez eu não teria a mesma reacção que Maria, mas eu quero ser aperfeiçoada depender de Deus, e é o que esta quarentena tem me ajudado. Quando surge um imprevisto eu fico inquieta pois quero resolver aquele problema, e é aí onde esta o meu erro, pois eu não sabia como agir perante tais situações.
    Mas eu estou disposta a mudar, a me aperfeiçoar , a confiar em Deus e ser igual a Maria.

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