Silvia Alvarenga

  • 15
  • Out
  • 2010

Passado Insistente

  • 15
  • Out
  • 2010

“Eu sou”, é uma pessoa que sempre se diz boazinha. Sempre é perfeita! Sempre diz ser uma pessoa maravilhosa. Tanto é verdade que, qualquer um que se meta em seu caminho para confrontá-la – “eu sou” fica admirado com a audácia dessa atitude, de ir contra esse ser tão bondoso, e admirada por si mesma.

É claro que o “eu sou”, comete erros que lhe frustram, mas considera isso concebível, afinal, é seu amigo número 1 em todas as batalhas. Foi o “eu sou” que teve que aguentar tudo sozinho.

Lembro-me que nasci com lábio leporino, e isso gerou vários problemas externos, que influenciaram no mais profundo do meu ser. Devido a esse passado, triste e agravante, eu tinha que recorrer aos meus dilemas. Eu tinha que defender-me, porque a vida havia sido muito cruel comigo.
Era a “feia”, a rejeitada, e a burra, porque falava somente as vogais. Era considerada a escória do colégio.

Então comecei a manifestar uma personalidade muito egocêntrica.  Já que tudo me contrariava na vida, eu não aceitava de hipótese alguma que em casa tivesse outros contratempos.

Ainda que ninguém tivesse culpa, eu achava injusto ser menos, ou me sentir inferior em casa. Por mais que todos se esforçassem em fazer o melhor, nunca me bastava. Nunca encarei que nasci imperfeita, mas via que os outros eram imperfeitos.

E se eu nascesse perfeita, como seria? Será que não estaria fazendo o mesmo, pela influência dos outros? Como seria? Sobre isso nunca pensamos… Só damos importância mesmo aos nossos problemas pessoais.

A vida para mim era um fardo fora de casa, mas, quando estava em casa, expressava os traumas que sofria no meu interior. Tinha ciúmes, devido ao medo de não ser amada do mesmo jeito que a minha irmã era. Eu via tudo destorcido: tudo que compravam para minha irmã, era melhor que para mim…

Minha autodefesa fez com que guerreasse com todos que fossem contra o meu eu, tão “bonzinho e compreensível”.

Mas até que ponto podemos considerar-nos os certinhos? Até onde chegam as verdades, que confrontam-se com a realidade que está dentro! No próximo blog, você vai conhecer o lado que te mostra a realidade.

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23 comentários

  1. Muitas vezes, nos achamos tão boas e perfeitas e vemos apenas os defeitos dos outros, somente se colocando no lugar do outro sentindo na pele o que o outro senti quando agimos assim é que percebemos o quanto é difícil lidar conosco e aí: finalmente crecemos!

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  2. Ola

    D.Vivi

    O “Eu sou” e o próprio engano, e nos cega de tal forma que para a ficha cair, em muitas situações leva anos, e quando digo isso digo de experiência própria pois eu já cai no engano do "EU" e ele chega de mansinho nos pega nos momentos que estamos desprevenidas que o vacilo, hum já era, ai somente quando começamos a ver os frutos e que começamos a perceber, mas para enxergarmos o quanto estávamos a enganar a nos e aos outros, porque ele não deixa a pessoa reconhecer, ninguém vê, só Deus tem o poder de ver e o conhecer mas, não adianta chega um dia que Deus vai fazer algo acontecer para que venhamos a nos despertar do engano seja ele qual for, e somente a pessoa que quer mudar, mesmo ela não tendo forças, mas Ele vê a Sinceridade e por amor a nossa alma, Ele permite situações difíceis para recomeçar, sempre nos da uma nova chance, uma oportunidade para se libertar desse engano.
    E chega o dia da decisão, e nos e que colocamos o Eu contra a parede, e passamos a persegui-lo e ter coragem para encarar.
    mesmo vendo o estrago que os frutos do que deixamos o Eu plantar fez, esta diante dos meus olhos e dos outros, e com certeza a vergonha “humilhação” que colhemos, mas só nos e decidimos se queremos continuar agradando o Eu ou se queremos fazer a diferença encarando a verdade e revolucionar.

    Bjs

    Cristiane Verzutti

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  3. Olá D. Vivi,
    Acredito que Deus permite que certa coisas aconteçam para que não nos desviemos do seu caminho, por que se Deus fizesse tudo que nós seres humanos queremos e no nosso momento abandonaríamos a fé.

    Escrevo isso por que acredito que se meus pais não tivesse se separado, eu não teria buscado o Deus que hoje busco.

    Beijinhos !!!

    Viviane Andrade.

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  4. Eu sou, não vê ninguém, não ouve ninguém só a ela mesma principalmente se ela se sente a vítima.
    Um abraço!
    Narlet Oliveira

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  5. É tão bom quando o nosso ego é massageado por nós mesmos ou por alguém! É tão bom termos a razão sempre! É aí que mora o perigo! O nosso "eu", gosta da sensação de bem estar e de nos "livrar" de toda culpa que possa nos incomodar mas "a sensação de bem estar, nos leva à morte", é isto que o "eu" quando age livremente sem que a fé inteligente o domine, faz. Ainda que assumir minhas culpas, aceitar o confronto e dar, sejam opções mais difíceis, dolososas e que meu "eu" não goste, são estas que quero encarar.

    Um abraço
    Flávia azevedo

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  6. Existe um ditado português, que afirma: "Eu quero, posso e mando." Mas a verdade, é que quando assim agimos; de uma forma ambiciosamente negativa, deixamos que o "Eu sou", reine. Por isso, eu não tenho querer, mas submeto-o à vontade de Deus; tudo posso, mas só n'Aquele que me fortalece; e não mando, porque servo não manda, obedece!
    O meu maior inimigo é o "Eu sou", que tento controlar todos os dias. Não há inimigo maior que o nosso "eu", por isso, tento lembrar-me frequentemente de onde eu vim, para não correr o risco de para lá voltar…

    Bjs,

    Andreia Petrucci

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