De Filhos para pais: Dependência vs falta de fé

Andreia Petrucci

  • 17
  • Mar
  • 2015

De Filhos para pais : Dependência vs falta de fé

  • 17
  • Mar
  • 2015

“E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia. Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos! Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.” (Mt.8:24-26)

Ao meditar nesta passagem, algo despertou dentro de mim que ainda não me havia ocorrido tão claramente: Nem sempre “correr” para os pés de Jesus, significa que estou em plena certeza de fé ou na dependência exclusiva d’Ele. Os sinais de medo e insegurança revelam exatamente o oposto da confiança plena nos ensinamentos de Deus, através da prática da Sua Palavra.

Expressar para Deus o que sinto, assim como as minhas limitações, não são sinónimo de fraqueza, mas de entrega e de dependência. Eu creio que onde eu não posso chegar ou aquilo que não consigo ultrapassar, Ele é poderoso para fazer além. Nesse momento, através da sinceridade de um coração contrito e disposto para aprender de Deus, encontramos as respostas que precisamos, pela fé. Essa é a segurança que Ele nos dá… de dentro para fora.

Mas e quando as circunstâncias sobrepujam a nossa fé? E quando ouvimos mais a “voz” dos sentimentos (eu), do diabo, do mundo… alimentando-as? Nesse momento entramos em uma espiral destrutiva, onde os outros até nos poderão socorrer, mas apenas por um breve momento. Tornamos-nos dependentes de terceiros para usarem a fé em nosso lugar… a mesma fé que nos tem sido transmitida constantemente, na Igreja, através da rádio, televisão, internet, etc.

E a verdade é que sempre corremos o risco de atravessar o “mar” turbulento. Vivemos num mundo longe de ser tranquilo e pacífico! E será que teremos sempre alguém por perto para nos socorrer? Daí a reação do Senhor Jesus: “Por que sois tímidos, homens de pequena fé?” Ele sabia que não estaria para sempre com eles…

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.” (Hb.11:6)

Muitas vezes como filhos, mães, pais, irmãos, familiares, mesmo conhecendo a Deus, nos levantamos de uma oração da mesma forma, ou pior, do que quando nos apresentámos a Ele. E isto porquê? Será que Deus não nos ouve ou falha connosco? Não! Nem pensar! A verdade é que nos aproximámos d’Ele com pena de nós próprias, lamentando a nossa “triste sorte”, perguntando: “Porquê eu?! De todo o mundo, porque eu haveria de ter esta família?!” E isto é tudo menos plena certeza de fé! Por isso parece que estamos a ser “engolidas” pelo mar, mesmo supostamente “crendo” e “orando”.

Ainda que tudo pareça errado e as “ondas” enormes, a partir do momento em que realmente me achego a Deus crendo, e deposito as minhas dores, problemas, situações aos Seus pés, em plena certeza que Ele é poderoso para suprir cada uma de minhas necessidades, existe um alívio imediato, uma força “além-humana”, que me mantém firme, estruturada para percorrer o restante caminho, e alcançar as minhas vitórias.

Devemos perceber que sentimento gera sentimento, e apenas fé gera milagres, seja na área familiar, amorosa, financeira, pessoal, e acima de tudo interior, que é a fonte da vida!

Se não colocamos em prática o que temos aprendido, não estaremos aptos a sobrepujar o “barulho” do mar e as suas enormes “vagas”, mas nos “afogaremos” ao som do primeiro burburinho das ondas.

Onde está a minha fé? Na teoria daquilo que tenho ouvido, ou revelada através da prática constante da Palavra de Deus?

Se a nossa fé vacila, se move e se rende perante as circunstâncias que nos cercam e não aprendemos a repreender o mal, a ultrapassar os problemas, a destronar os maus pensamentos, através do poder da fé, sempre seremos abalados e vencidos pelas limitações interiores.

Façamos juntos esta reflexão: Sou realmente dependente de Deus ou os meus sentimentos, baseados em circunstâncias, sobrepujam a minha fé?

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152 comentários

  1. Quando vivemos na dependência de Deus, não damos brecha ao sentimento e agimos pela fé.

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  2. Muito forte.. muitas vezes fazemos ao invés de confiar em Deus, nossa fé, agimos no sentimento e nos desesperamos.. Forte mesmo,confiar em Deus independente do que estiver acontecendo..

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  3. Dona Vivi, muito forte! Eu estava precisando ler isto… Eu tinha uma fé muito emocional e pensava que estava certa, até que vivi uma situação na qual a ficha caiu e percebi que o certo e necessário é viver pela fé racional! Pensamentos negativos, de malícia, o nosso próprio querer que muitas vezes é corrupto têm que estar mortos, e só se mata pela fé!

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  4. Muuito foorte… Não devemos ser sentimentalistas e um usarmos a fé e a razão!

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  5. Vivo na dependência de Deus mas muitas vezes meio aos conflitos do dia-a-dia me esqueço que Jesus é meu guia, realmente preciso muito muito praticar mais mais minha fé!

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  6. Eh verdade D.Viviane.
    Realmente só mostramos que cremos quando permanecemos firme no nosso objetivo ainda que venham as lutas, mantendo os olhos no alto confiando e crendo que Ele vai nos sustentar sempre.

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