A COBIÇA – Episódio 1 :  Os olhos naquilo que não é necessário

Para onde você se interessa olhar? O que te atrai? E o que você tem investido na sua vida? Através dos olhos você consegue dirigir para onde você quer chegar. E assim também é tudo na vida.

Se você tem olhos para as coisas que este mundo oferece: riqueza, fama, glória, glamour, sucesso, dinheiro, compras, bens… é para lá que você caminhará toda a sua vida. E por quê? Porque como onde você tem colocado os seus olhos, é nisso que verdadeira você pensa, é o que você deseja.

Veja o que diz a Bíblia:

“Inclina o meu coração aos Teus testemunhos, e não à cobiça.” Salmo 119:36

Bem, o salmista está falando com Deus, está aspirando algo que ele quer. E está pedindo que Deus remova de seus olhos aquilo que tem feito mal. Certamente, se ele pede, é porque ele tem se observado, ou seja, quando a gente fala com Deus, não se pode falar de repetições de palavras.

Porque as palavras repetitivas expressam algo sistemático, algo que não precisa raciocinar, sabe?

Quando você pensa, você raciocina, na verdade, você pensou e observou sobre aquele assunto, então, você fala sobre aquele assunto com Deus.

A cobiça é um desejo, mas não é uma necessidade. Às vezes, é um desejo apenas para se sentir melhor, para acariciar o seu ego, o seu orgulho, a sua vaidade, mas não é algo que realmente você precisa, que é necessário.

Então, o que é necessário para todos nós? O testemunho que Deus tem dado. Testemunho de bondade, de paciência, de exercício de fé.

O exercício da fé nos ensina a fazer aquilo que é justo, do raciocínio, de cumprir com a disciplina, é isso que faz a fé. E Deus faz uso dessa fé, do raciocínio. Ele tem o poder de fazer qualquer coisa que Ele deseja, mas Ele usa a justiça.

Por isso que o autor desse salmo diz assim: “Inclina o meu coração…”, porque é o coração que sente, deseja, cobiça… o coração tem vaidades, e busca coisas apenas para se sentir superior, acima das pessoas.

E você sabe, por mais que você alcance alguma coisa na vida, se você reparar bem, você sempre está desejando algo além.

Mas esse salmista pede a Deus para inclinar o seu coração porque ele já havia observado que ele sentia as coisas que não deveria. Então ele pede a Deus um coração que esteja inclinado ao testemunho que Deus tem dado.

Ou eu olho para Deus, para o Reino de Deus, dos Céus, ou eu olho para as coisas aqui da terra, a cobiça. E para onde você tem olhado? Em que você tem investido?

Porque para onde você olha é para onde você se dirige, inclusive a sua alma, porque a sua alma olha para alguma coisa e é para lá que ela se dirige.

Você sabia que a única forma de viver uma vida inteligente, é raciocinando?

Se eu deixo as minhas emoções me conduzirem, então vou me dirigir a lugares indevidos. Vou escolher coisas inapropriadas para mim. Vou planejar e me conduzir a coisas que vão me destruir.

Muitas pessoas não têm noção do perigo que tem a cobiça. A cobiça é também um desejo ardente, uma ansiedade de querer algo a todo custo, independentemente, se é necessário ou não. E às vezes, a cobiça até te seduz dizendo que você precisa daquilo.

Mas quando você raciocina para o que é inteligente, você faz uso do equilíbrio, você faz uso do que é necessário. Isso é a justiça, é o certo, é o que disciplina a todos nós.

Então o salmista disse:

“Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.” Salmo 119:37

Quantas coisas você tem visto que são fúteis?

Eu não sei se você vai assumi-las e tomar a sua responsabilidade de mudar, mas enquanto você inclinar o seu coração, o seu desejo, a sua vontade, o seu plano a esse caminho de cobiça, você não vai apreciar o testemunho de Deus. Você não vai apreciar o que realmente é útil, o que é realmente é necessário pra você. Você vai se iludir, você vai se enganar, você vai perder tempo com uma coisa que não vai durar para toda a vida.

Por isso que o salmista fala: “Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade…”, pois, realmente, a vaidade me estimula a comprar mais, a dizer que falta isso, a gastar tempo com aquilo que, aos meus olhos, é lindo. Mas será que é necessário?

Será que eu não estou gastando tanto tempo com uma coisa que, colocando num funil, vai dizer assim: é vaidade, futilidade.

Então, observe-se. Para onde você tem olhado?

Pelo que você realmente se interessa? Será que é a vaidade ou o caminho certo, o justo? Será que você procura o que é certo?

De repente, você gosta ainda da vaidade, da ilusão, do engano, da mentira…

Bem, é com você! A responsabilidade da sua vida não está em Deus, nem no diabo, e nem em ninguém, está em você, no que você escolhe olhar, aceitar e caminhar!

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