41 – De que forma julgamos?

Viviane Freitas

  • 18
  • Ago
  • 2014

41 – De que forma julgamos?

  • 18
  • Ago
  • 2014


Olá amigos internautas, é um prazer estar aqui novamente com todos vocês, em continuação à leitura do Livro de João.

E essa alegria, não é apenas por vos acompanhar e ensinar acerca do que a Palavra de Deus me tem trazido. Mas, é prazeroso, porque, à medida que damos, recebemos.

Tudo o que durante os 40 Dias meditámos, revelou-se maravilhoso, para mim; foram dias marcantes! Eu pude “ver” o Senhor Jesus, aprender, conhecê-Lo de uma forma, como nunca antes: o Seu caráter, maneira de ser, atitudes… a Sua dependência de Deus. O Seu testemunho falou, e tem falado muito comigo, a cada dia.

À medida que vamos conhecendo a Deus, vamo-nos enxergando cheios de falhas e erros, e é incrível, porque, quando nos percebemos desta forma, não nos vemos julgados e condenados por Deus, mas sentimos a Sua misericórdia, compaixão, o Seu grande amor. E foi isso que aconteceu durante os 40 Dias. No Templo, só se veio a concluir tudo aquilo que eu estava à procura. Eu vi claramente o que o Senhor Jesus queria de mim.

Assim que eu tiver oportunidade, vou compartilhar convosco aqui no Blog.

Mas hoje, gostaria de focar, em continuação ao Livro de João, o que está escrito no capítulo 8, versículo 15:

“Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo. Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim.” (Jo.8:15-18)

Nós, seres humanos, julgamos de acordo com os nossos sentimentos. Segundo os cinco sentidos, e não diante do que aprendemos com Deus. E é nisso, certamente, que baseamos o nosso julgamento. Isso desagrada a Deus e, igualmente, a nós próprios. Pois, pela medida que julgamos, seremos julgados. Na medida que olhamos e sentimos, aquilo também nos está a ferir, porque o sentimento não colabora para usarmos a fé, mas faz-nos “sentir” cada vez mais.

Quando usamos a fé inteligente, colocamos de lado o que sentimos e baseamo-nos naquilo que cremos. Assim, não julgamos da mesma forma.

“Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou.”

Quando o Senhor Jesus julga, não o faz porque sente ou acha, mas pelo que é verdadeiro, reto, justo.

E dirá você: “Mas eu também julgo pelo que é verdadeiro e justo…”. Não, nem sempre! Normalmente julgamos pelo que sentimos, de forma a assegurar a nossa razão, a apoiar aquilo que achamos. Só que a fé inteligente não está relacionada ao que sentimos, mas ao que é puro, racional.

Muitas vezes, pensamos que a pessoa não nos entendeu, não fez o que gostaríamos que ela fizesse, quando, na realidade, é você que se está a sentir assim, incompreendida. E isto, porque travou lutas passadas, dentro de si, e espera que outros a entendam, em virtude do seu passado triste e amargurado; que ajam da mesma forma que você agiria, em lugar deles. Mas, a verdade, é que não enfrentaram o mesmo passado que você.

A forma como julga, tem tudo a ver com o que sente. Isso a corrói por dentro: Afasta-se, fica amargurada; o seu rosto, o brilho de pessoa extrovertida, alegre, espontâneo, passa a ser “trevas”. Os sentimentos transformam o seu semblante.

Então, o “segredo” é não estarmos sós, pois, de outra forma, vamos destruir-nos pelo que julgamos.

“…porém eu e aquele que me enviou.”

Amiga internauta, para dar um basta nesse olhar, ou para que não cometa esse erro, tem que vigiar. Talvez isso não evite que sinta, mas fará com que esteja em vigia, para colocar isso de lado.

Quando não permanece só, no seu mundo egocêntrico, ideias e ponto de vista, mas permite que a Palavra de Deus, que o Senhor Jesus, façam parte da sua vida, então, terá bons olhos, entenderá, não esperará nada em troca.

O Senhor Jesus não esperava nada em troca de Deus, mas submetia-Se à vontade do Pai!

E assim devemos fazer, ainda que, por vezes, nos fira, porque as razões e sentimentos, estão à “flor” da pele. Mas todas as vezes que nos afundamos nisso, mais nos corroemos por dentro. Quando permitimos que a Palavra de Deus nos limpe, é totalmente diferente, pois não permitimos que as circunctâncias mudem o nosso semblante e interior. Ficamos em sintonia com Deus.

“Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro.Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim.”

O Senhor Jesus testifica d’Ele, em virtude da Sua dependência do Pai. Sabia, por isso, que não tinha direito de impor a Sua vontade, mas permitir que Deus o fizesse, em Seu lugar.

Assim também Deus vai testificar em relação a si, quando se coloca nesta condição; Ele também testificará a seu respeito, transparecendo em sua vida.

Não será aquela pessoa pesada, com as suas ideias e pensamentos, que a corrompem, que a estragam e ferem. Quando se submete a Deus, torna-se livre, leve, feliz e independente de circunstâncias. É isso que Ele tem para si!

Um grande abraço.

Estaremos em contato, através dos áudios, todas as segundas, quartas e sextas. Aproveite cada intervalo de dias, para continuar a meditar em cada versículo que abordámos.

Deixe uma mensagem

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*

33 comentários

  1. Bom dia D. Vivi
    Enquanto ouvia este áudio pude identificar algumas situações que acontecem esporadicamente comigo em que tenho que me debater comigo mesma para não ser dominada pelos meus sentimentos e em algumas dessas situações cheguei a ter essa reacção de afastamento que você refere aí no áudio e só não a prolongava no tempo porque repreendia a mim mesma e obrigava-me a agir em contrário ao que sentia mas sabe uma coisa?
    Eu não tinha um nome para essa situação ma agora descobri que era um julgamento. Eu julgava de acordo com o que sentia e isso não é tão antigo assim porque ainda esta semana aconteceu uma situação semelhante e uma das coisas que me fazia ter mais dificuldade em lutar contra mim mesma era o não compreender a minha reacção e agora entendi! 😀
    Realmente, não deixamos de sentir e tão pouco de criar expectativas em relação às pessoas com as quais nos relacionamos mas uma coisa é certa: a solução é olhar para as situações não através do nosso sentimento mas sim através dos olhos de Deus.

    Beijinhos e até amanhã

    Ver mais
  2. Boa noite Dª Vivi
    É um prazer sim para mim estar aqui de novo junto com a srª aprendendo, reflectindo na palavra de Deus. Tenho me visto assim como nada mas muito dependente por isso mesmo. Esse estado me tem dado sede e feito ver o quanto Ele é tão grandioso mas ao mesmo tempo me dado prazer em me sujeitar.
    Tenho feito esse exercício de dominar os meus sentimentos, a vontade da minha carne em agir pelo meu pensamento, pelo que eu acho ou deixo de achar . E isso é sujeitar-me a Deus , sacrificar. Quando assim é sujeito-me aos outros sem os julgar porque os vejo como Deus vê. Não quero que esse julgar da carne, que o meu eu condicione quem eu sou jamais ! Só vigilante conseguirei estar atenta a sentimentos, pensamentos que surgem diante de circunstancias e não me deixar dominar por eles. Só com uma relação de intimidade com Deus não deixarei manipular o meu comportamento pelos meus sentimentos porque eles vêm mas é minha escolha que os fazem ter vida ou não. E quando me sujeito a Deus sou justa para com minha fé, coerente com minhas palavras e livre , tenho o olhar de Deus.
    Um beijinho

    Ver mais
  3. Ao ouvir a Dª Viviane a falar sobre a sua experiência dos 40 dias gera uma insatisfação dentro de mim, porque revela aquilo que eu não tive em função daquilo que eu não fiz, ir até ao fim. É aquela sensação que ficou a faltar algo.
    A minha “casca” está mais rija do que já esteve, porque quando ouço a palavra, ela fere o meu, precisamente os meus sentimentos, a minha “razão”. Porque fala aquilo que eu sou.

    “A forma como julga, tem tudo a ver com o que sente. Isso a corrói por dentro: Afasta-se, fica amargurada; o seu rosto, o brilho de pessoa extrovertida, alegre, espontâneo, passa a ser “trevas”. Os sentimentos transformam o seu semblante.” Nunca tinha enxergado o efeito do julgamento desta forma…e, ainda, que não ande com um espelho, é bem certo que isto acontece em mim. Como pode ser possível esta palavra falar algo tão particular, tão “eu”…

    E a conclusão está aí…passo mais tempo só do que acompanhada, ou seja, passo mais tempo dentro do meu “mundinho”, apoiada nos meus sentimentos e “razões”, do que com Deus. Então o meu “eu” tende a ficar mais intenso, à flor da pele, mais rijo. E isso é tão nítido nestes dias, como se estivesse num lamaçal, quanto mais me mexo (quando sou cheia de mim mesma), mais me afundo (o meu “eu” se fortalece e sobressai).

    Abraço Dª ViVi,

    Ver mais
  4. Ola Dona Viviane, estava a espera dos audios eu vou me comprometer a estar aqui segunda, terca e quarta e aproveitar esse tesouro que Deus esta nos dando atraves de si .

    Ver mais
  5. É verdade dona Vivi!
    Deus só quer que nos entreguemos de corpo . alma e espirito , para que possamos ter tudo aquilo que procurando no mundo , mas só achamos em Deus:á paz , a alegria , o amor…

    Ver mais
  6. Olá d. Viviane, Agradeço a Deus por essa mensagem que ouvi. Estava precisando mesmo, eu estava me vendo assim, machucada, ferida, sem compreender, mas agora entendi tudo, me foi revelado. Deus a abençoe mais e mais.

    Ver mais
1 2 3 4 5 6