Sem culpas

Viviane Freitas

  • 14
  • Abr
  • 2011

Sem culpas

  • 14
  • Abr
  • 2011

“Estou muito ocupado”


“Não sei como fazer isso.”
“Não me sinto à vontade.”
“Já tentei uma vez e não consegui.”

Às vezes, os indivíduos se recusam a tentar coisas novas porque têm medo de falhar e, conseqüentemente, de serem considerados um fracasso.

Quando você não quer fazer uma coisa, qualquer desculpa serve. Mas, as desculpas muito repetidas têm um modo estranho de se transformar. Elas podem vir a ser doenças crônicas que destroem a nossa auto-estima e paralisam a nossa vontade. Tornam-se grilhões que obscurecem a nossa visão, deixando-nos incapazes de sonhar e muito menos de realizar por medo de falhar.

Há uma diferença entre falhar e ser um fracasso. São poucas as coisas que se aprende na vida sem que se erre pelo menos uma vez. Você aprendeu a andar de bicicleta sem perder o equilíbrio? É bem provável que não. Você queria tanto fazer estas coisas, que rapidamente deixou para trás as tentativas mal sucedidas e continuou tentando. Embora tenha falhado várias vezes neste processo de aprendizagem, você não foi um fracasso.

Você se lembra de que as vezes, na sua frustração, colocava a culpa do fracasso na pessoa que estava tentando ensiná-lo? Se estivesse na bicicleta, a culpa era de quem estava ao seu lado segurando-o. Logo, você queria que esta pessoa o largasse e o deixasse ir por sua conta própria. Se caísse, a culpa seria do outro que o havia largado cedo demais, ou muito tarde.

Talvez, quando foi ganhando confiança e habilidade, você estivesse andando na calçada quando encontrou alguém. Você não tinha muita certeza de que conseguiria passar no pequeno espaço que sobrava e ficou com medo de tentar. Se caiu, deve ter pensado como, “Você me fez cair! Se não estivesse no meu caminho, eu não teria caído”. A realidade é que se tivesse mais prática, poderia ter facilmente resolvido a situação, como certamente fez muitas vezes depois.

Na vida, às vezes, parece que alguém ou alguma coisa nos faz fracassar. Não é raro sentirmos que outra pessoa ou circunstância nos impede de alcançarmos os nossos objetivos. O que é raro é admitirmos que talvez não tenhamos feito o melhor possível e, em seguida, analisarmos o nosso preparo e nosso esforço.

Pergunte-se se você fez o melhor que poderia ter feito e não tenha medo de admitir os seus erros e distrações. Se perceber que errou, simplesmente resolva não repetir mais o erro e vá em frente. Lembre-se, quando ao andar de bicicleta, conforme ia tentando e persistindo, você ia ficando cada vez melhor até que andar de bicicleta se tornou tão natural como caminhar.

Não se deve culpar ninguém, nem a nós mesmos. Quem se prende à culpa pessoal ou permanece culpando os outros ou as circunstâncias, apenas retarda a sua própria recuperação. Arrisca a se tornar um fracasso em vez de ter tido apenas um revés temporário. Invés de culpar-se e de ficar bravo com os outros, pergunte: “E agora? O que mais posso fazer para alcançar os meus objetivos?”.

Se perdermos tempo e energia arranjando desculpas, nunca veremos o que precisamos ver em nós, para que possamos crescer e obter melhores resultados dos nossos esforços. Podemos falhar muitas vezes, mas isto nunca é o fim. Os que falham não são fracassos, a não ser que a culpa e a autopiedade os impeça de alcançar as suas metas.

Não importa o que tenha acontecido em sua vida, depende de você começar a criar o melhor modo de viver que for possível.

Fonte: Cyber diet

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1 comentário

  1. A culpa é uma das armas mais utilizadas pelo mal; devemos deixar este sentimento de lado e nos concientizar que se não deu certo é porque não fizemos aquilo que traria bons resultados. Chega de culpa e desculpas

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