Quarentena – 6º dia
- 24
- Dez
- 2012
“A fé inteligente obriga-nos a pensar.”
Viviane Freitas
“Então perguntou Zacarias ao anjo: Como saberei isto? Pois eu sou velho, e minha mulher, avançada em dias.
Respondeu-lhe o anjo: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e trazer-te estas boas novas.
Todavia, ficarás mudo e não poderás falar até ao dia em que estas coisas venham a realizar-se; porquanto não acreditaste nas minhas palavras, as quais, a seu tempo, se cumprirão.” (Lc.1:18-20)
“Como saberei…?”
Esta pergunta diz muito…
Porquê? Porque quando somos surpreendidos, principalmente, nós, mulheres, desejamos programar-nos; conhecer primeiramente as condições. Se assim for, tudo bem! Mas, e quando isto não acontece?
Imediatamente questionamos: Como saberei isto? Como será aquilo?
Perante as condições – de acordo com o que estava diante dos seus olhos – Zacarias perguntou, assim como nós, tantas vezes fazemos.
Isto refletia o que havia no seu íntimo. E, pense, ele era justo…
Quando olhamos ao nosso redor, cria-se a dúvida, pois o foco sai imediatamente do objetivo, para ser colocado nas circunstâncias.
“Respondeu-lhe o anjo: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e trazer-te estas boas novas.”
O anjo reiterou a sua afirmação, pois sabia exatamente quem era e a que vinha. Não restavam dúvidas… Então, porquê duvidar?!
Muitas pessoas são enviadas da parte de Deus; Ele usa alguém, mas aquele que recebe a “boa nova” só questiona; olha para as condições; baseia-se unicamente nas circunstâncias…
E aqui está um grande erro!
Não apenas em função da descrença, mas porque é isto que pauta, igualmente, o quotidiano de muitas pessoas: Querem saber os detalhes acerca de tudo; de como resolver todas as questões; “perdem-se” no momento dos imprevistos…
E, com isto, acabam por perder, também, as oportunidades.
Porque é mediante o inesperado, que revelamos, de fato, qual o nosso tipo de crença; a nossa fé; o nosso nível de confiança e obediência…
Daí a necessidade de estarmos diariamente preparadas, no Espírito – vigilantes – para enfrentar qualquer desafio.
“Todavia, ficarás mudo e não poderás falar até ao dia em que estas coisas venham a realizar-se…”
Se desejamos conhecer todas as coisas por antecipação, acabamos por ficar “mudos”, pois, em função da ansiedade, perderemos chances que nos serão apresentadas a cada momento.
Deus não precisa explicar tudo o que nos acontecerá, com antecipação… Não é isso que Ele faz!
Repare que, quando Maria ficou grávida do Senhor Jesus, Ele não lhe explicou, com antecedência, o que sucederia. Nada lhe foi informado, assim como jamais sucederá connosco. O nosso único “trabalho” é crer e obedecer!
Quando estamos na fé inteligente, vivemos pelo que cremos! Se é o oposto, é porque a nossa fé é totalmente emotiva e natural… Baseia-se nos sentidos: Naquilo que se vê, ouve ou sente…
Será que no momento de provar a sua crença, a sua confiança ou obediência, não deixa a sua oportunidade passar?
O tempo que foi dado a Zacarias, para o cumprimento da promessa, foi o suficiente para acontecer dentro dele essa transformação. Ele parou… avaliou… pensou… e creu!
A Palavra de Deus, por intermédio dos seus profetas, tem autoridade e julga a nossa causa, de acordo com as nossas ações. Se você não lê a Palavra de Deus, para “julgar” ou medir as suas atitudes, não revelará a sua crença, e muito menos a obediência.
“…as quais, a seu tempo, se cumprirão.”
As coisas não são do “meu jeito”; não se cumprirão da maneira que “eu quero”, ou quando quero… Mas a seu tempo!
Por causa desta “ansiedade” falta o apoio total naquilo que está escrito; as promessas são desconsideradas como vindas da parte de Deus. E, como resultado, a vida de muitos permanece igual!
A falta de crença é um pecado, que obstrui a oportunidade das bênçãos de Deus em seu favor!
Pare e avalie… Assista, como do exterior, às suas atitudes: Quer impor a sua vontade ou crer naquilo que Ele prometeu?
Alésia
Março 12, 2013 às 23:34
Boa noite!
É verdade, o ser humano é de facto muito curioso e ansioso. Essa ansiedade consegue ser muito prejudicial para aquele que a transporta, digo isto porque quando eu ainda era criança, ninguém podia me prometer nada ou dizer que tinha algo para mim que eu ficava tão ansiosa em saber/ver o que era ao ponto de ter ataques de asma e a única solução para parar os ataques era tomar um xarope que hoje é proibido por ser considerado uma droga pesada. No final das contas acabava por perder tudo: noites no hospital em maquinas de vapor e promessas que nunca chegaram a se cumprir. Quando não via as promessas que me faziam se cumprirem, ficava com ódio da pessoa e aos poucos fui perdendo a confiança nas pessoas, fossem elas boas ou más para mim. Com Deus é a mesma coisa, quando não sabemos esperar é porque não confiamos de facto e de verdade naquilo que Ele nos prometeu, ai a duvida surge e a promessa já não mais se cumprem. Por isso àz vezes temos de ser como Zacarias… ele não ficou mudo porque quis, mas nós podemos ser mudos para as perguntas carregadas de duvida, interrogações que veêm para a nossa cabeça a respeito das promessas e a tudo o resto que possa nos levar à desobediência e ao afastamento da fé intigente!
Beijinhos 😀
Daniela Duarte
Março 12, 2013 às 23:21
Algo me chamou muito a minha atenção, quando a D. Vivi disse que se eu não medito na palavra de Deus para julgar e avaliar as minhas atitudes eu não revelo a minha crença e a minha obediência. E durante muito tempo eu não li/meditei na Palavra de Deus dessa forma, eu pedia para Deus falar comigo, mas raramente eu procurava comparar a minha vida com o que estava lendo. E uma das maravilhas desta quarentena é que eu tenho aprendido a meditar na Palavra de Deus e a vivê-la em concreto na minha vida.
Relativamente aos versículos o que mais me chamou a atenção foi perceber como a nossa vida fica muda quando deixamos a dúvida entrar, porque a verdade é essa e como foi dito, quando dúvidamos perdemos grandes oportunidades que Deus tinha para nós.
E outra coisa que me chamou a atenção é que Zacarias iria ficar mudo até que as coisas se cumprissem, ou seja, existia a necessidade que ele refletisse, que ele avaliasse a sua situação para então receber a sua benção. O mesmo se passa connosco, existe a necessidade de nos avaliarmos, de refletirmos a nossa condição, o que está “doente” em nós para que possamos ser curadas e então estarmos preparadas para as oportunidades que Deus nos vai dar, a seu tempo.
E esta quarentena tem-me permitido avaliar e perceber quais as minhas “doenças”, para que as possa arrancar pela raiz e ser curada.
Muito obrigada por isso, D. Vivi.
Que Deus abençoe a todas.
márcia
Março 12, 2013 às 23:01
Boa noite d vivi, Quando a d. vivi falou de deus usar as pessoas para falar conosco e mesmo assim nós duvidamos olhamos as circunstâncias , eu já passei por os dois lado já ouve alguém que eu tenho certeza que foi usado por deus para falar comigo e eu muitas vezes desprezei eu muitas vezes duvidei e só lá na frente é que vi que era mesmo deus mas também já fui usada para falar as verdades, o que me marcou em gabriel foi a sua certeza no falar ele não trasmitia insegurança e eu ja falei muito sem ter certezas, falava apenas do que ouvia sem passar espirito e deus até me queria usar mas eu não me deixava ser usada porém hoje eu falo com certezas e noto essa diferença nas pessoas com quem eu falo , a cada dia vejo os meus frutos , os frutos da minha confiança e certeza ao deixar me ser usada . Deus também falou comigo que o facto da mudança ter sido dentro dele, porque se zacarias não podia falar como sabiam se ele estava diferente, isso fez-me pensar e perceber que eu mostro para Deus que o quero mais e mais no meu interior e não no exterior, as minhas palavras nao valem de nada se o meu interior não for verdadeiro diante de deus então é muito forte Deus olha para o meu interior, posso me preocupar em fazer mas se eu não mudar o meu interior nada feito, o principal é ser que vem de dentro e se reflecte no interior e nao o fazer .
Eloisa Pina
Março 12, 2013 às 22:13
Olá D.Vivi e D.Heidi!
Muitas vezes duvidei como Zacarias, não acreditei que os planos de Deus se pudessem cumprir na minha vida porque ao olhar para as circunstâncias tudo mostrava que era impossível.
Por essa razão aquilo que eu mais queria não se concretizava e, por muito que fizesse, não conseguia alcançar porque no fundo duvidava.
Neste 6º Dia da Quarentena pude analisar e confrontar as minhas emoções para assim confiar 100% no que Deus me prometeu.
Na Revolta
Cátia Guimarães
Março 12, 2013 às 19:09
Olá, o que aconteceu com Zacarias tem acontecido nos dias de hoje, mesmo em tempos diferentes, por isso vejo que esta é uma fraqueza do ser humano, questionar e pôr em causa a palavra de Deus.
Enquanto questionamos perdemos tempo, para ir em frente com os nossos objetivos, pois não existe mais nada tão forte para nos derrubar do que nós mesmas e por isso atrasamos as nossas bençãos.
Muitas vezes perguntamos o porquê das nossas vidas estarem como estão, mas se houver uma análise da nossa parte veremos que o que está em causa, ou seja, atrapalhar as nossas bençãos somos nós.
Joana Rocha
Março 12, 2013 às 15:15
D. Vivi e Dna. Luísa realmente é verdade! Zacarias era um homem justo, mas mesmo assim ele questionou como as coisas iriam acontecer. Muitas vezes, nós somos justas e Deus usa as pessoas, fala connosco que nos vai abençoar: “E nós perguntamos: Como ? Como isso vai acontecer? ” . Quando reagimos assim mostramos que temos uma fé natural, e a fé natural não é a fé que Deus quer de nós, pois a fé que Ele quer é: “Certeza de coisas que se esperam e convicção de factos que não se veêm”. Se eu vejo algo, então eu não preciso de fé.
Por vezes também Deus dá-nos oportunidades de sermos mais usadas e nós ficamos limitadas às nossas condições.
Deus continue abençoando a senhora.