O Normal que abafa a Fé

Viviane Freitas

  • 9
  • Set
  • 2013

O Normal que abafa a Fé

  • 9
  • Set
  • 2013

Já ouvimos imensas vezes que sem fé é impossível agradar a Deus. Mas como podemos manter a fé, quando a nossa natureza ou necessidade apelam para algo óbvio e momentâneo?

Como assim?

Situações difíceis, onde é quase impossível não se entregar ao medo, à impotência ou até mesmo à dúvida. Como as doenças, mortes e perdas. São casos que mexem com os nossos sentimentos.

Vamos saber, na prática, e não na teoria, o que temos de fazer. Veja o que aconteceu:

“Ora, aconteceu, naqueles dias, que ela adoeceu e veio a morrer; e, depois de lavarem puseram-na no cenáculo. (…) Pedro atendeu e foi com eles. Tendo chegado, conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o cercaram, chorando e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas.” (At: 9: 37 e 39)

“Mas Pedro, tendo feito sair a todos…” (At 9:40)

O normal é chorar na perda, é entregar-se nas dificuldades. Mas quando a nossa escolha é a solução para o problema, então tem que haver uma oposição ao que é normal. Veja que Pedro não deixou aquelas mulheres sofridas, permanecerem onde ele tinha que materializar a fé.

A fé exige cabeça. Raciocínio. Não apenas conhecimento.
A fé exige resposta em relação ao que se tem crido, na hora do problema. Mesmo perante o desafio, e sendo até duro com o sentimento.
A fé quer resposta e não conhecimento.

A fé é “sim sim” para a sua materialização e “não não” aos sentimentos.

Isso é a fé!

Fé não é apenas para se ensinar, é para se viver.

Mas para muitos cristãos, que tanto os ouvem, acaba por se tornar normal pronunciar os versículos, mas praticar, que é o que traz vida, não é percebido pelo próprio indivíduo. E, nesse caso, torna-se apenas religioso.

Vigiemos, pois qualquer um de nós pode tornar-se facilmente religioso. É só não estarmos atentos às nossas próprias atitudes e não exigir resposta daquilo que se crê. Isso inclui: Obediência e ação da fé.

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24 comentários

  1. Pessoas religiosas é que mais tem … mas pessoas de fé inteligente é dificilde achar.

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  2. De fato, a fé não é apenas para se ensinar, é para se viver.
    Tem que haver uma atitude, pq se não o que adianta ter fé? simplesmente para dizer que tem? tem que haver atitude, para que possamos plantar e lá na frente colher.

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  3. Verdade dona Viviane. Quando a minha mâe morreu, eu fiquei num estado que realmente abafou a minha fé e eu iludi-me pensando que era algo normal e as pessoas ao meu redir diziam o mesmo. Mas a verdade é que essa situaçao fez-me chegar a um estado espiritual muito mau ao ponto de eu agir totalmente na base da emoçao e me tonar escrava do pecado. O meu problema foi eu ter pensado que era nirmal e não vi aquilo como pecado.

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  4. É verdade, é muito fácil tornar-se um religioso, já pude ver isso na minha vida. Quando praticamos, além de ter vida nos tornámos mais fortes.
    Achei muito interessante, quando a senhora falou: “quando a nossa escolha é a solução para o problema, então tem que haver uma oposição ao que é normal”.
    O normal não muda nada, não traz solução.
    Obrigada pela direção.

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  5. Isso é uma realidade,pois quando passamos por uma situação díficil o diabo sempre quer nos levar para as emoções,aí é hora de ignorar nossos sentimentos e raciocinar e por em pratica o que o próprio DEUS nos ensinou ,que é usar a fé e não viver só de teoria!

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  6. Olá d. Vivi!

    A verdade é mesmo essa, muitas vezes quando deparamos com obtáculos nos nossos caminhos, em vez de pensar e tomar uma atitude usando a fé inteligente, não, lamentamos ou choramos e, por vezes a resposta está nitidamente ao nosso redor mas, por circunstância da vida, no momento, olhamos para onde não deveria ser e agimos por sentimento.

    Um grande abraço que Deus lhe ilumine sempre.

    Obrigada

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