Silvia Alvarenga

  • 17
  • Jun
  • 2009

Minha Infância

  • 17
  • Jun
  • 2009

Minha infância foi, ao princípio, maravilhosa. Eu tinha um pai e uma mãe super unidos e, conseqüentemente, isso refletia em nossa família. Nós tínhamos todo carinho e atenção que uma mãe pode dar. Eu era super cuidada pela minha mãe que, pelo meu defeito físico, me acompanhava a todas as partes para que eu tivesse uma melhora em minha saúde. Ia de um lado para o outro comigo buscando os melhores médicos.


Infelizmente não recebíamos nenhuma palavra de incentivo, pelo contrário, somente palavras negativas. Para os médicos eu iria crescer falando fanhosa, e também complexada, porque havia nascido com lábio leporino.


Mas o que aconteceu comigo foi algo incrível, eu não me dava conta de que tinha nascido assim, pois em casa existia uma harmonia familiar. Todos me tratavam igual a minha outra irmã que, por sua vez, era muito linda e chamava a atenção por sua beleza. Minha irmã era a minha melhor amiga, me compreendia mais que todos em casa. Eu não entendia porque as vezes minha irmã tinha que traduzir o que eu estava dizendo para os meus próprios pais. Isso me deixava muito nervosa.


Quando comecei a ir a escola, todos faziam cochichos sobre a minha aparência. Fui entendendo que tinha algo errado comigo, quando eu abria a boca para falar alguma coisa, os colegas de classe não me entendiam e zombavam de mim. Eles me discriminavam.


Descobri que o mundo não era essa maravilha que eu tinha em minha casa. Em casa havia atenção, respeito, muito carinho, muito amor uns para com os outros. A minha mãe, uma esposa amorosa e dedicada tanto a família como para meu pai e vice-versa.


Comecei a viver um tormento em minha vida. Em casa eu era totalmente feliz, esquecia do mundo cruel lá fora, mas quando chegava na escola era uma menina triste e amargurada por ser tão discriminada, atacada com toda sorte de palavras cruéis que uma criança poderia escutar.


Eu não tinha amiga, eu era sozinha desde o jardim de infância. Por não saber falar, já com 5 anos, eu era considerada burra e atrasada em minha aprendizagem. Devido a isso, tinha que ter terapias depois da escola em um lugar aonde me deparava com crianças e adolescentes com deficiência mental.


Mais semana que vem…

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25 comentários

  1. Ola , Dona Viviane
    Muito forte o testemunho da sua vida , vou acompanhar a cada dia as suas mensagens.
    Jaque

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  2. Olá, D. Viviane! QUe bom que a sra tem um blog! Agora poderei conhecê-la melhor e por suas próprias palavras! QUe Deus a abençoe imensamente!!!

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  3. D Vivi, eu nao sabia que a senhora tinha blog. Que legal. =]

    Seu testemunho eh mt forte e inspirador… estamos no aguardo.. beijao =*

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  4. Olá Dn Viviane.
    Achei seu blog através do blog da Dn Cristiane e irei acompanhar. Admiro muito a senhora.Beijos

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  5. Ola dona Viviane eu sei mto bem o que a Sra passou pq tb nasci com o céu da boca aberto, mais não com lábio lipurino. A minha familia não é cristã, mais me davam todo o carinho e apoio. Desde pequena fazendo operações, fonodiologia e indo a psicólogos .Sofri mto com o preconceito, me revoltei fui para as drogas, apesar do amor dos meus pais. Na verdade isso foi uma forma de conseguir entrar nos grupos sociais, namorar etc… Mais como vi que esse mundo é feito de ilusão conheci o Sr. Jesus na IURD e sou obreira ha 8 anos e meio. E com a fé aliada a revolta me formei na melhor universidade do estado, faço pós graduação fiz, inglês espanhol. E a minha voz nunca foi obstáculo para ganhar almas, eu evangelizo e oro assim mesmo, sou tia da escolinha e já dei aula de espanhol no projeto jovem nota 10. Deus me usa como usou Moisés.Quando cheguei a IURd ninguem entendia o q eu falava, agora todos entendem,pq Deus fez melhorar 80% a minha voz mesmo ficando um pouquinho fanho quase imperceptível. Deus escolhe as coisas fracas para envergonhar as fortes e ele é glorificado. Assim como a morte de Lázaro não foi para a morte e sim para a Glória de Deus assim somos nós.

    Deus a abençoe

    obreira Caroline

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  6. Puxa dona Viviane, já tinha ouvido falar do testemunho da senhora, mas ouvindo da boca da senhora ele se torna muito mais forte. Tenho certeza que muitos irão ser abençoados através desse ato de fé! Muitos beijinhos para a senhora!

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