Silvia Alvarenga

  • 4
  • Jun
  • 2010

Meus Pais

  • 4
  • Jun
  • 2010

Muitos dizem que sou uma pessoa muito forte. Dizem que sei enfrentar os problemas, e vencê-los. De fato é verdade! Mas existe uma razão para isso. A razão foi que tive uma família: um pai, uma mãe e uma irmã, assim foi minha infância. Os meus pais sempre demonstravam respeito um para com o outro. Havia amor, carinho, ternura e paz dentro do meu lar.
Minha irmã mais velha, era o meu canal de ligação quando as pessoas não entendi-am a minha fala. Minha mãe sempre ensinou-a a ceder por minha causa. Uma mãe sábia, não trazia nenhum mal para dentro do nosso lar. Ela cuidava-nos muito bem, sempre que alguém fazia algo que a nós não gostávamos, ela nos ensinava a olhar sem-pre de uma maneira compreensiva. Ela baseou a sua casa nos ensinamentos da Sagrada Escritura. Não apenas ensinou, mas viveu com dignidade.
Meu pai sempre “colocou moral” em casa, apenas com um olhar trazia temor para dentro de nós. Ele não precisava bater. Mas também havia a sua participação em casa, quando estava conosco, nos colocava no colo e mordia nossa bochecha,
Havia respeito. Eu e minha irmã temíamos nossos pais.
Houveram várias operações e terapias para que eu melhorasse a minha fala e fisio-nomia. As operações deixaram marcas nos meus lábios, e no sulco naso-labial, mas nunca me importou aquele problema. Nunca mesmo! Nunca me senti feia e nem linda, mas estava satisfeita com o que eu tinha. Mas ao meu redor, convivia com pessoas que cresciam insatisfeitas com suas “pequenas imperfeições”: um nariz protuberante, o cabelo rebelde, e que, por seus inconscientes traumas, fruto de uma família desestruturada, não conseguiam superar seus complexos.
A pergunta é: por quê?
Eu tinha uma base familiar, o que me deu estrutura para enfrentar problemas externo.
—-Eu tinha condições de colocar meus pés no chão, porque eu tinha um chão amplo. —-
Com isso, eu soube deixar fora de casa os problemas da escola. Eu apenas tinha que lidar com os problema, quando estava no inferno da escola. Ali eu me reprimia, ficava tímida e medrosa. Era o único meio que via para evitar problema. Mas, dentro de mim, não me atingiam com tanta velocidade, porque tinha uma base sólida.
Claro que fui crescendo, e as pressões externa foram aumentando, mas nunca che-gou à minha auto-estima, nunca me senti feia, nem deprimida. Apenas ficava muito triste, quando sentia o desprezo das pessoas.
A família foi o começo do meu aprendizado para tudo, me preparou até mesmo para os problemas que viriam. Aprendi a lidar com pessoas complicadas, e também com as maravilhosas. Me fez ver oportunidades. Apresentou-me um Deus vivo que não é uma religião e sim algo verdadeiro na vida atual.
A minha família, me refiro meu pai e minha mãe, foram unidos em todas as situação, foram exemplares a tal ponto que me fizeram ter a ambição de me casar com um homem de Deus.
A vida que eles mostraram, falava comigo o tempo todo. Ao contrário do que o mundo me apresentou: ele trazia uma aventura sem um futuro promissor.
E tive minha escolha. Eu cresci e fiz caso aos ensinamentos deles. Hoje sou casada e muito feliz.

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16 comentários

  1. Convivi com o preconceito no colégio e sei bem o que é isso. Hoje, tenho o Senhor Jesus. Gostaria de ter conhecido ao Senhor naquela época. Hoje, perdoei aqueles que me fizeram mal no passado, alguns até são meus amigos hoje. Mas também se não tivesse passado por aquilo, hoje não seria quem sou. A dificuldade trás experiência. Sou forte hoje, porque o Senhor me fez assim. E com certeza, a família é muito importante.

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  2. Seu depoimento me emocionou! Tenho uma filha que sofre com preconceito, a escola para ela é tortura, dor, descaso, e quantas foram as vezes que fui chamada pelos prof.s, pois minha filha não falava, não interagia com outras crianças. Tudo porque ela não sabe falar corretamente aos 11 anos de idade e não tem comportamento igual às crianças da sua idade. Quando eu voltava dessas reuniões a via no intervalo isolada, triste, isso me partia o coração, mas eu sempre disse a ela o quanto era especial!
    Sabe D. Vivi ninguém pode avaliar um anel de ouro e pagar o preço merecido, se não entende de jóias, a Senhora e minha filha são jóias raras, e Jesus é o único que sabe dar o verdadeiro valor… Claro que nossa estrutura familiar é de suma importância.
    Na fé
    bjs

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  3. Oi vivi e com maior prazer que escrevo para senhora e lé da parabens por ser essa grande mulher de deus que e a senhora forte e guerreira gostaria de ser assim forte e dominar os maus pensamentos ruim.E gente pode ter problemas fisicos mais ñ que dizer que podemos superar e vencer os preconceitos e vc, foi uma dessa pessoa. Que Deus abençoe sempre vc. e seus pais que são os meus pais tb na fé. Um grande abraço.Gostaria de um dia dar esse abraço pessoalmente.

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  4. É incrivel Vivi ver que nas suas palavras mostra o que realmente sua família é de fato, mas o mais importante, desde que vocês eram meninas. Amo sua família!
    Um beijão lindíssima. Raquel Macedo

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  5. Sou convertida e filha de pais separados. Nunca agi com rebeldia devido a separação deles, mas confesso que não há reparação para um dano como esse. Após nossa conversão, conseguimos conviver melhor com a situação, mas superar não dá porque um filho nunca quer que seus pais fiquem separados! Pelo contrário, sempre lutamos pela reconstrução dos nossos lares.

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  6. Passei pelo dilema de ter pais separados e só Deus pôde reparar os danos causados por este problema! Deus abençoe

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