- 20
- Ago
- 2010
Jogos de computador fazem bem para as crianças?
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No início de outubro, um evento realizado na USP, em São Paulo, levantou a discussão sobre jogos de computadores para crianças
E até que ponto pais e professores podem ajudar a explorar, investigar e se divertir em plataforma online.
A convidada do evento, a jornalista Silvia Lovato, diretora do site PBS Kids GO!, marca multimídia para crianças em idade escolar da PBS (Public Broadcasting Service), o serviço de TV pública dos EUA, concedeu entrevista exclusiva para o Vila Filhos e falou sobre as atividades online, que tem um lado importante na difusão de conceitos científicos e estimulo à curiosidade e criatividade. Na era digital, é fácil reproduzir um laboratório em casa e virar um mini-cientista, por exemplo.
Parte de uma família de sites educativos que inclui portais para pais e professores, o “pbskidsgo.org” oferece mais de 200 jogos pedagógicos. Muitos deles tratam de temas ou conceitos científicos, de maneira adequada à idade dos usuários. “Os jogos de computador têm grande potencial educativo, pois oferecem satisfação instantânea, mantendo crianças, cuja atenção é mais curta, interessadas por mais tempo”, afirma Silvia. Segundo ela, a criança aprende por tentativa e erro, que é um processo natural de aprendizado: no computador, é possível experimentar e jogar de novo quantas vezes for necessário para aprender.
Silvia trabalha na empresa desde 2000, sempre com produtores de TV e internet no desenvolvimento de conteúdo interativo para crianças. Trabalhou no jornal Washington Post, no antigo ZAZ e no jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul.
Jogos de computadores podem ajudar na educação das crianças? Em que medida?
Jogos são uma forma de conteúdo, assim como programas de TV, filmes e livros. Assim como existem livros e programas nada educativos e outros educativos, o mesmo acontece com os jogos: podem sim, ajudar na educação, dependendo do conteúdo e da forma como são organizados, se são compatíveis com o estágio de desenvolvimento da faixa etária a que se destinam.
A mera diversão no computador pode ser pedagógica (jogos que a princípio não tem nada de educativo, ainda assim trazem benefícios)?
A mera diversão familiariza as crianças com o meio eletrônico, o que até certo ponto pode ser considerado pedagógico. Por que os pais querem que os filhos leiam livros? Porque dominar a linguagem escrita, saber ler e escrever bem têm sido necessário para o ‘sucesso na vida’. Hoje, qualquer um pode fazer seu programinha de vídeo e colocar no YouTube. Garanto que pessoas que não assistem televisão vão ter mais dificuldade de fazer isso. Se aplicativos interativos se tornarem (e estão se tornando) um dos meios dominantes de comunicar ideias, quem for mais familiarizado, terá melhores chances. Isso tem limites, claro. Chega um ponto em que jogar o mesmo jogo dúzias de vezes não vai trazer benefício adicional do ponto de vista pedagógico. Mas relaxar e se divertir também é bom!
Como os pais e professores podem saber se determinado jogo está ajudando ou atrapalhando? Devem observar os filhos (comportamento) ou os jogos?
Eu diria que ambos. Pais e professores são responsáveis por conferir a qualidade dos jogos, assim como fazem, ou deveriam, com outras coisas que as crianças consomem, como livros, programas de TV, salgadinhos. Jogos de computador podem conter informações erradas ou pontos de vista com os quais os pais não concordam. E tudo com moderação, certo? Se a criança não consegue parar, se o jogo traz ansiedade ou medo (como no caso de crianças pequenas brincando com jogos muito violentos), provavelmente não é adequado àquela criança.
Nos EUA, os jogos saem com aquele ‘rating’, como os filmes… mas existem muitos online, como “Penguin Club” ou “WebKinz”, sem essa etiqueta com indicação de idade. Existem sinais ou características, nos jogos, para ajudar os pais a definirem o que é permitido e, melhor, quais realmente ajudam no desenvolvimento das crianças?
Esses ‘ratings’ são definidos por organizações que reúnem empresas produtoras dos filmes ou dos jogos. No mundo online, como é difícil até diferenciar o que é jogo do que não é, ainda não se estabeleceu sistema de avaliação como o dos filmes e vídeo games. Há selos de qualidade como o ‘Parents’ Choice Awards’, que é organizado anualmente pela ‘Parents’ Choice Foundation’ e premia brinquedos, programas de TV, jogos e sites de qualidade. Outra organização que avalia sites e jogos, além de filmes, é a ‘Common Sense Media’. Infelizmente, não há fórmula mágica: como com outros brinquedos, é preciso observar, experimentar, conversar com outros pais e mães e usar o bom senso. Fóruns e outras comunidades online podem ser uma boa forma de descobrir o que outros pais acham de determinado jogo.
A PBS Kids Go! oferece uma infinidade de jogos educativos. Pode nos contar um pouco dessa experiência?
O site da PBS Kids Go!, e também o PBS Kids, que é para crianças em idade de pré-escola, agrega os sites dos programas que passam na PBS, na TV. A programação da PBS é toda educativa, cada programa têm um objetivo curricular, seja linguagem, matemática, ciências, desenvolvimento socioemocional, etc. Os sites dos programas são produzidos pelos mesmos produtores que criam o programa. A gente pede que os produtores pensem na melhor maneira de atingir o objetivo educacional usando o meio interativo, e trabalhamos com eles no desenvolvimento dos jogos da mesma forma que fazemos com os programas de TV. Cada vez mais, os jogos são desenvolvidos ao mesmo tempo que o programa, criando oportunidades de integração dos dois meios. Os jogos são o foco principal do site também porque essa é a expectativa das crianças. A gente testa o site com crianças sempre que possível, e sempre que perguntamos o que deveríamos fazer para melhorar elas dizem: “mais jogos!”
Como você avaliaria o conteúdo interativo disponível hoje para as crianças, na Internet?
Acho que tem muita coisa boa, muita coisa interessante, mas é preciso paciência para procurar e escolher. Também tem a questão da língua, que ainda não foi bem resolvida. Existe muita coisa em inglês e um pouco menos em outras línguas. Na TV, temos programas dublados, mas na web, especialmente quando a atividade exige que a criança participe escrevendo, uma produção numa língua diferente pode não funcionar tão bem – um incentivo para a criação de coisas originais em cada país. A produção de jogos online felizmente costuma ser mais barata do que a de um episódio de meia hora na TV, dando uma oportunidade melhor para organizações com menos dinheiro produzirem coisas bonitas e de qualidade.
Fonte: vilamulher.terra.com.br – por Sabrina Passos (MBPress)
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Joaquim Hashimer
Janeiro 29, 2014 às 12:25
Oi, tudo bem?
Sempre tive dúvidas em relação aos jogos infantis, acreditando mais nas brincadeiras tradicionais. Eu e minha esposa tinhamos o mesmo pensamento, até que começamos a entender que os jogos infantis online podem sim acrescentar na vida das crianças.
Enviei o link do primeiro post que li sobre isso e que me fez parar para refletir, se você quiser conferir.
Adorei o conteúdo do seu post e acho que ele pode ser muito útil para os pais que tem dúvidas em relação aos games, como era meu caso.
Muito obrigado pelas informações!
Abraços,
Joaquim.
Jessica vinhais tf teen de queluz
Março 24, 2013 às 16:33
. Boa tarde .
Bem eu acho que as crianças nao devem ir ao computador por ex: há pais que deixam os seus filhos terem facebook isso é uma coisa que só devem ter apartir dos seus 13 , 14 anos por ja tem a noçao do que estam a fazer , e os mais novos de 10 anos nao tem assim tanta .
Isso tambem é uma decisao que os pais devem tomar .
Mas tambem tem que ter a noçao que a Familia e mais importante do que a internet , e os pais se virem que a internet ou outro tipo de coisas joos etc esta a ficar um vicio os pais tem a obrigaçao de dizer não fazes nao ves mais isso esse e que é o problema os pais muintos deles não sabem dizer NÃO as seus filhos .
milena souza
Janeiro 29, 2011 às 15:45
eu acho que nem o computador nem outro jogo electronico porque as crianças passam por jogar e ficar sozinhas ezoladas.nao fas bem a nem uma criança,elas nao convivem com os pais,viciam-se naquilo e depois nao sai mais,e faz com que so fiquem para tras nos estudos e em todo o resto.