De mãe para mãe: Porquê o meu filho é assim?!

Josiane Boccoli

  • 30
  • Jan
  • 2015

De mãe para mãe : Porquê o meu filho é assim?!

  • 30
  • Jan
  • 2015

Aos dois anos e meio percebi que o meu filho não me atendia quando o chamávamos, logo pensei: ele deve ter algum problema de audição. Levámos ao médico, fizemos exames e o resultado foi… normal.



Ufa! Que alívio. Mas então porque é que ele não nos responde?

Desse dia, até os 4 anos de idade, eu procurei saber o que o Gabriel tinha; muitas pessoas diziam que era algo “da minha cabeça” mas mãe não se engana, não é mesmo? No mais profundo de mim, eu sabia que algo estava errado com ele.

Finalmente, aos 4 anos, eu obtive o diagnóstico médico e então a bomba caiu: “O meu filho é autista”.

Foi como se eu tivesse sido esmagada… passei por um processo de 6 meses de aceitação, a palavra assustava-me ao ponto de eu nem pronunciá-la, chorei muito, decepcionei-me, questionei a Deus: “Porquê?”; “Somos fiéis, estamos na igreja, porquêee?” Como um eco dentro de mim.

Enquanto me lamentei tive somente uma dor tremenda, um silêncio da parte de Deus e uma sensação de dó (pena) do meu filho e de nós. Nesta época a nossa vida ficou insuportável, o meu filho quase não falava, tinha de 5 a 7 crises nervosas diárias, era muito nervoso, agressivo e acordava de 3 a 5 vezes na noite gritando e sonhando de olhos abertos, os médicos diziam-me: “Não há o que fazer!”. Eu pesava 43 kilos por não comer de tristeza e por não dormir, com ele desta forma.

Até que um dia dei o basta! Comecei todas as manhãs a ir ao monte buscar a Deus; eu precisava d’Ele e não havia mais ninguém no mundo que me entendia. Eu pedia forças, queria me levantar, queria uma resposta… e Deus deu-me muito mais, Ele deu-me esta palavra:

“Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.”
(João 11:4)

No mesmo instante encheu-me de certeza, os meus olhos abriram-se e eu pude ver que o erro não estava no autismo do meu filho, o erro estava em mim! Que chorava e lamentava ao invés de lutar e mudar aquela situação.

Ali o problema acabou! Decidi lutar e fazer qualquer coisa para mudar a nossa história, e assim foi, separei as minhas manhãs e comecei a ler e a informar-me sobre o assunto, montei um quarto de tratamento e tratei do meu filho em casa, tornei-me a psicóloga, psiquiatra, fonoaudiologa, terapeuta e fisioterapeuta do Gabi????. Após 3 anos ele tornou-se outra criança, hoje com 8 anos fala português, hebraico e um pouco de inglês, tem uma vida social normal, participa de jogos de futebol, estuda numa escola normal e não tem mais crises nervosas diárias e nem noturnas. Na última avaliação resta-lhe somente 2% de autismo, mas para nós ele já esta curado, é só uma questão de tempo.

Querida mãe, se você passa por alguma situação com o seu filho e tem sido difícil, você não entende o “porquê?”, busque em Deus, busque primeiro para si e por si, e então quando estiver forte espiritualmente poderá não somente ajudá-lo, mas transformá-lo através da Fé.
Foi assim comigo!

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28 comentários

  1. Ola, querida Josiane.
    Bem eu nao sou mãe, sou apenas jovem de 22 anos.
    Mas posso partilhar o que eu e a minha vivemos. Nasci com perda auditiva e os meus olhos eram anormais, tipo eram bem pequeninos como chineses. Rsrs
    A minha mãe nunca lamentou a minha situação que vivia, sim lutou por mim. Sou natural de São Tomé e Príncipe. Fomos as duas juntas a vir cá em Portugal com intuito de fazer tratamento médico. Fui operada nas pálpebras superiores para aumentar os meus olhos. Naquela altura, tinha 9 anos. Eu também nao desenvolvia muito as palavras mas falava como outras crianças. Passei momentos difíceis na escola. Sofri bullying, era rejeitada, desprezada por nao saber ouvir bem e nao saber falar direito. Mas nunca desisti de querendo aprender. Tive terapia da fala, apoio psicológico e apoio português para poder desenvolver as palavras. Hoje consegui vencer barreiras. Ainda estou com problemas de audição. Creio com fé, os meus ouvidos serão curados.

    Obrigada por partilhar com suas experiências connosco.

    Que Deus abençoe muito a senhora e a sua família.
    Um abraço forte.

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    1. amem querida, ligo contigo a sua cura. Obrigada pelo seu relato.
      na Fe!

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  2. Apesar de não ser mãe este post chamou a minha atenção, pois já alguns anos que acompanho crianças com autismo, através da música e a diferença entre as crianças com apoio familiar é notória, agradeço a Deus pelo entendimento e sabedoria que me dá dia após dia para trabalhar com estas crianças. A aceitação é o passo mais difícil para os pais, mas é a atitude que faz a mudança, se houver uma atitude de mudança o autismo só é uma doença se houver desistência dos pais. Se apenas pela força do braço há pais que conseguem resultados positivos na evolução dos seus filhos, com Deus então é vitória certa. Que Deus continua abençoando grandemente.

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  3. Muito forte, eu precisava muito ler poste como este pois eu sou mae de primeira viagem e ainda me encontro muito perdida sobre como educar e criar o meu filho ele tem 1 e 3 meses e muito sapeka ensino as coisas corrigo quando ele esta fazendo algo de errado digo nao e parece que o meu nao e um sim pois ele vai la e faz tudo de errado coigo ele e ligado no 220 nas reunioes da igreja e um sufoco para eu buscar prestar atençao na palavra pois ele nao para e eu piscar o olho que ele esta longe ou fazendo algo que nao pode meu esposo me ajuda muito mas fica muito cansativo para mim fisicamente , mentalmente olho para outras maes que tem o filho da mesma idade que eu e parece que meu filho e diferente de todos pois as outras crianças estao quietinha no colo de sua mae na igreja elas buscam e consegui prestar a atençao na palavra equanto o meu esta correndo a igreja toda e uma guerra.

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    1. querida, siga nossos posts e deixe sempre seu comentário, quero de acompanhar. bjs

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  4. Glória a Deus!

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  5. É impressionante o poder da fé em ação. Deus é maravilhoso!

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  6. A Sr. Acabou de relatar exatamente o que acontece comigo e meu filho.Ele é exatamente como o seu foi, tem um pré diagnóstico de autismo e me sinto aflita sem saber o que fazer, ajude-me por favor.

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