De mãe para mãe : Eu não tenho tempo!
- 13
- Mar
- 2015
Com a vida repleta de afazeres que temos hoje em dia com trabalho, estudo, casa, compras, a nossa vida com Deus e os nossos compromissos em Serví- Lo, …, enfim, acaba-se por não ter nenhum dia de folga para que possamos cumprir com todas as responsabilidades.
Contudo, aonde estava o tempo para o nosso filho?????
Várias foram as vezes que o Gabi reclamou por nunca sairmos para onde ele queria e incontáveis vezes em que ele chorou por querer brincar e não podíamos esperar…
Afinal tínhamos sempre compromissos e horários, mas ao mesmo tempo o filho crescia e o tempo dedicado a ele, sempre ficava para depois.
Dava muito trabalho nas reuniões, tudo estava mau, sempre insatisfeito, mas conseguíamos levá-lo, distraindo-o e compensando-o com outras coisas e … o tempo passava.
Até que um dia algo fez-me despertar, que foi ao sairmos para a Igreja, ouvi-o a dizer: “Ahhhhh não!!! De novo não!!! Todo o dia na Igreja?? Eu não quero!” ????
Foi um choque para mim!
Fiquei muito triste em ver que o meu filho não estava a querer ir à Igreja. “Como pode? Porquê??”, pensei.
À noite orei e pedi a Deus que me fizesse entender o meu filho. Não queria sentir tristeza, pois o sentimento não ajuda em nada, mas queria poder reverter esta situação. O que estava a acontecer para ele ter tal reação? Estávamos a dar mau testemunho?
Algo estava a acontecer para ele reagir assim e eu queria entender.
Bastou pedir e Deus não falha como nunca falhou, e sempre que nos humilhamos e pedimos a Sua Ajuda, Ele Vem!
Naquela noite, Deus fez-me ver o meu filho e entender que eu tinha ali uma vida e não um boneco, que não deve ir e vir de acordo com a minha agenda, não! Ele tem vida própria, vontades e deve ser respeitado como tal. Ele não era mais um bebé e já tinha 7 anos.
Neste dia vi uma criança totalmente anulada, sufocada nas suas vontades e a ponto de explodir, ou melhor, aquela reação dele foi a explosão.
Percebi que esta poderia ser uma das razões de filhos, enquanto crianças serem criados na Igreja e depois que crescem rejeitam estar na casa de Deus como uma forma de se libertar. Assim sendo, afastam-se e fazem tudo o que nunca puderam fazer até ao dado momento. Erram por não terem a malícia que uma criança criada fora da Igreja tem e as mães já não podem mais mantê-los, pois cresceram e agora culpam a Igreja por ter tirado a atenção das mesmas e por ter impedido de fazer o que queria. Um sentimento de revolta totalmente errado!!
Para evitar esse episódio e como queria colocar um “ponto final” nesta situação, foi então que inventamos o “Dia do Gabi” na nossa casa. Juntamente com o meu marido conversámos com o nosso filho e explicámos que assim como nós tínhamos os nossos dias de irmos à Igreja, de ir trabalhar e de ele ir à escola, que também haveria o dia do Gabi, onde ele escolheria o que faríamos. Seria um dia para ele fazer o que desejasse, mas claro com limites e de acordo com as nossas condições, e ele não acreditou!!! Ficou muito feliz!!
Posso dizer que surpreendi-me muito com escolhas simples: como, por exemplo, irmos ao parque jogar à bola; nadar numa piscina; receber um amigo em casa; …
Embora neste dia o Gabi se sente livre por poder escolher até o que comer e feliz por ser toda a atenção dele.
Por vezes não podemos dedicar-nos um dia inteiro, então separamos uma manhã ou uma tarde e na maioria das vezes eu começo e o meu esposo chega depois. No entanto, é o nosso compromisso.
Assim como todos os outros conselhos, este trouxe-nos muitos resultados como: união entre família; tempo de qualidade entre família; por exemplo, em vez de pedirmos uma pizza nós fazemos uma juntos; dedicamo-nos uns aos outros; …
E o resultado? Um filho muito mais feliz, satisfeito e honrado como deve de ser.
Digo a si, amiga e mãe, que até na Igreja o comportamento dele mudou, pois passámos a ensiná-lo que assim como damos o melhor a ele no seu dia, da mesma forma devemos dar o melhor a Deus nos dias Dele. Após este ensinamento, o entendimento dele abriu e pode visualizar o que significa: “Honrar, dar o melhor e priorizar.” Assim, o Gabi passou a ir à Igreja com prazer, tornou-se dizimista e sacrificou para Deus aos 8 anos.
Então, o que me diz de também criar o dia, a manhã, a tarde ou algumas horas para o seu filho? São momentos únicos em que poderão desfrutar juntos, ensinamentos e aprendizagens para a vida, duma forma viva e real, tal como o Senhor Jesus nos ensinou …
andréia mota
Março 13, 2015 às 16:54
NÃO É FÁCIL SER MÃE ESPOSA,ESTUDAR ENTRE OUTRAS COISAS,MAIS APARTIR DO MOMENTO QUE ENTENDEMOS QUE TEMOS UM FILHO,E O MESMO TEM UMA ALMA,TEMOS QUE FAZER EXATAMENTE,COMO VC VIVIANE E PEDIR DIREÇÃO DE DEUS E SABEDORIA.
Catia Ferreira
Março 13, 2015 às 16:51
Muito obrigada pelo o ensinamento de hoje,a vida é muito corrida mesmo,e o tempo passa muito rápido,temos que priorizar a nossa família.
andreia cristina da costa roque
Março 13, 2015 às 16:26
Muito forte! eu amei este post :de mãe para mãe.eu como mãe e obreira,muitas vezes fiz isso com minha filha de 5 anos,e vejo o quanto tenho sido errada e vou mudar vou arrumar um tempo só para ela ,tenho que ser exemplo para que quando ela crescer não venha se desviar deste caminho,
Gisa Santos
Março 13, 2015 às 15:50
Eu também passei e passo por isso, devido minhas responsabilidades, mas preciso colocar em prática estas dicas. Meus filhos(hoje já adolescentes) nunca reclamaram, pelo menos pra mim, até porque acho que eles não tiveram coragem de falar. Mas as vezes percebo que eles já “aceitaram” a rotina que eu e meu esposo temos(trabalho, obra de Deus, etc). Vou fazer isto, dedicar um tempo somente pra eles…
katia
Março 13, 2015 às 15:49
Eu estou passando por isso toda vez que vamos para igreja minha filha reclama diz que vou todos os dias e não fazemos nada juntas, esse conselho foi muito bom vou praticar, pois fico triste quando ela diz que não gosta das coisas de Deus, e as vezes não sei o que fazer
jucilene lima do nascimento
Março 13, 2015 às 15:21
Já fui esse tipo de filha.
hoje estou aqui graças a Deus e minha mãe que nunca deixou de lutar por mim.