Silvia Alvarenga

  • 23
  • Jul
  • 2010

O Processo da Busca

  • 23
  • Jul
  • 2010

Nessa viagem ao fundo do mar, encontrei a pérola. Foi difícil, mas encontrei.
Eu cheguei a Portugal e, como sempre, estou em busca de pérolas. Eu ia para a igreja, e sempre sentava em uns dois primeiros bancos. Sentava-me sozinha, não porque eu não tinha com quem ficar, mas devido a minha “caça” de pérolas.
Em duas das reuniões que freqüentava, sempre sentavam três mulheres (uma senhora e duas moças) na minha frente ou ao lado, distante. 
Eu percebia que duas delas quase não participavam da reunião. Sentada, fazia tudo que todos faziam, mas na hora em que tinham que fazer algo por sua própria conta, como orar, ficavam caladas. Abriam os olhos para ver o que estava acontecendo ao seu redor, etc.…
Comecei a perceber que existia uma agonia no rosto das duas, mas eu estava ali no meu cantinho, esperando uma oportunidade. Tentava olhar nos olhos delas, mas nenhuma parecia notar minha existência.
Tudo para mim “estava bem”. Tinha uma família estruturada, o marido dos meus sonhos, enfim, uma vida completa. Mas algo dentro de mim gritava muito alto, uma agonia, uma dor que não era por algo pessoal, mas sim por ver tantas pessoas, dentro daquela igreja que eu freqüentava, vazias e amarguradas. Não porque o trabalho estava incorreto, mas devido à falta de entrega.
Eu decidi por mim mesma, que buscaria meios, para que as pessoas daquela igreja encontrassem liberdade para poder chegar até a mim. 
— Decidi ocupar o meu tempo, em prol das pessoas daquele lugar — 
Comecei a fazer reuniões, quase todos os dias da semana. Comecei a fazer além das minhas condições, e acabei não dando o melhor em tudo que propus em fazer. Tentava, mas não conseguia atender tudo de uma vez só.
Então tive que parar com algumas reuniões. Porém, o grito estava ali. Ninguém imaginava… Mas não parei de agir: Trabalhava nas reuniões que freqüentava, ninguém me entendia. Me olhavam com uma cara!!! Mas segui em frente!
Sabe por quê?
Porque eu via apenas oportunidades! Ainda que fosse tudo tão difícil, eu via o que iria acontecer naquele lugar. Tinha uma imensa certeza de que aqueles obstáculos eram apenas um limão, mas que iria ser transformado em uma limonada.
Deus viu minha sede de ajudar, e não somente ajudar, mas arrancar do lamaçal os que estão sofrendo. Viu meus sacrifícios. Viu minhas lágrimas! Pois quem tem vida quer dar vida, aos que não possuem!
Fique ligado neste blog, e você verá que também faz parte desta história.

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11 comentários

  1. Muito bacana D. Vivi!!
    Realmente dentro da igreja há muitas pessoas assim…que estão ali por estar, mas não abrem seus corações, não entregam suas vidas a Deus.
    É horrível você ver e se sentir inputil em relação a não poder fazer nada por elas, mas o que a senhora fez foi muito bacana, espero ter conseguido ter se aproximado e ganhado a alma delas pro Senhor Jesus!!
    Deus abençoe!!

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  2. Dona Viviane! Meu nome é Francis, 21, obreira há 1 ano. Gostaria caso tenha, uma sugestão de livro pra ajudar no acompanhamento de uma alma, pois agente pergunta se está td bem, faz propositos com a pessoa a qual estamos cuidando mais me sinto meio perdida sobre questões como, com que frequencia fazer este atendimento, esperar os frutos virem de forma a não pressionar demais a pessoa, ou se tiver sugestões, me ajude pois já está começando a me ajudar com o tema Pérolas… Que sra continue sendo instrumento nas mãos de Deus! bjux!

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  3. Vivi, Obrigada por estar passando essa experiência para cada uma de nós…

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  4. you are invited to follow my blog

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  5. É muito bom este espaço onde encontro muita semelhança na minha vida, e muito bom tudo
    o que nos compartilha, me ajuda muito, obrigada!

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