A minha experiência

Viviane Freitas

  • 23
  • Nov
  • 2013

A minha experiência

  • 23
  • Nov
  • 2013

Quero contar a minha experiência nestes oito meses de casada, e no altar.

Logo quando me casei fui morar em outro país, e enfrentei as dificuldades da adaptação. Era um mundo novo para mim, outra cultura, outro idioma…

Fomos morar com outro casal, e veio então a insegurança; o medo de não ser aceite. Comecei a sentir-me inferior, e quando a esposa me dizia alguma coisa, às vezes até querendo ensinar-me, eu ofendia-me, ficava triste, não dizia nada, mas dentro de mim, vinham aqueles sentimentos… eu não conseguia cozinhar como ela, limpar como ela, ser como ela.

Eu fazia de tudo para não demostrar ao meu esposo o turbilhão de sentimentos que estava a sentir naquele momento (Mas ele enxergava nos meus olhos) e sempre me perguntava o que eu tinha e o que estava a acontecer… E por mais que eu dissesse que não estava a acontecer nada, ele entristecia-se porque, agindo assim, eu demostrava que não confiava nele, e isso distanciava-nos, mas eu sempre agia da mesma forma.

Passaram alguns meses, e eu continuava a sofrer por não saber compartilhar e confiar, e também reconhecer que eu precisava mudar. Talvez porque toda a minha vida, eu vivi sozinha no meu mundo e, mesmo depois de conhecer Jesus, não conseguia sair de lá, e abrir-me com as pessoas. Por isso enfrentei uma grande dificuldade de relacionamento com as esposas, não conseguia fazer amizade com elas, pois não deixava que me conhecessem, e sentia-me inferior a elas por ter pouco tempo de obra. Ficava a imaginar o que iriam pensar de mim, e então calava-me, e ficava sempre sozinha. E, mais uma vez, a falta de confiança em mim mesma e nas pessoas, fazia-me uma esposa de pastor anulada, e triste.

Logo passei por outra mudança na minha vida: Mesmo com pouco tempo, eu e meu esposo fomos mandados para outro país, e eu teria que deixar pra trás o pouco conhecimento que tinha, as poucas pessoas que conhecia, para enfrentar tudo de novo… Já em outro país, as dificuldades foram as mesmas, além da adaptação ao clima, as novas pessoas, enfim, eu tinha agora a oportunidade de ser diferente e agir diferente, mas não aconteceu…

Fui bem recepcionada, até que tinha melhorado um pouco, falava um pouco mais, mas sempre tinha aqueles momentos que eu olhava para o lado e estava sozinha… Tive a oportunidade de fazer o rush, e então decidi que seria a minha oportunidade de mudar, pois eu queria ser diferente, pedia a Deus que me mudasse, mas foi aí que entendi, que a decisão de ir contra os meus sentimentos e usar a fé para mudar, era eu que tinha que fazer…

A partir desse momento, no meu casamento houve uma mudança: Eu já conseguia dizer ao meu esposo tudo o que acontecia comigo, e passei a dividir com ele a minha vida.

Deus viu a minha intenção de mudar, e aconteceu que a minha Sister veio à cidade onde eu estava, e pediu para conversar comigo. Nesse dia, eu disse tudo o que se passava comigo, e fui sincera, sem medo do que poderia pensar de mim. Estava tão angustiada, que me lembro que chorei diante dela… Foram poucos minutos, mas ali, ao falar, senti-me livre de um fardo, disse-lhe que era orgulhosa, falei da minha dificuldade em relacionar-me com as esposas, tudo…

E não fui julgada, ela entendeu-me, orientou-me e contou-me as experiências que ela também tinha passado, mesmo na obra de Deus.

E eu aprendi que a mudança acontece a cada dia, quando reconhecemos os nossos erros, as nossas falhas, e não nos escondemos atrás do medo e do nosso enganoso coração.

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37 comentários

  1. Convivencia social e algo muito delicado cada pessoa fala e pesa diferente temos que conviver com jeito de cada uma temos que ter muita paciencia

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