74 – 9º Dia | Ser O Testemunho

Viviane Freitas

  • 12
  • Jan
  • 2017

74 – 9º Dia | Ser O Testemunho

  • 12
  • Jan
  • 2017

12 de Janeiro | Quinta | João 11.28-33

E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.
Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com ele.
(Pois, Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.)
Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.
Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.

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Olá a todos os internautas. É um prazer estarmos juntos na fé que vem de Deus. Não uma fé que está ligada às nossas emoções, pois a fé inteligente raciocina, pondera e avalia; está atenta a si mesma, se corrige e toma atitudes de forma diferente. E por isso traz resultados!

Acompanhe comigo no Livro de João, capítulo 11, versículo 28:


“E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.

Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com ele.

(Pois, Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.)

Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.

Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.

Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.”

A primeira coisa para a qual quero chamar a sua atenção: “E dito isto, partiu…”. Marta, anteriormente, havia respondido ao Senhor Jesus que acreditava que Ele fosse a ressurreição e a Vida, e que ressuscitaria a Lázaro no último dia… Ela não havia entendido a pergunta, e com certeza isso estava a agoniá-la, porque Jesus lhe fazia perguntas e ela sempre tinha uma desculpa para falar de outro assunto. Porque, na realidade, não queria raciocinar! A prova disso é que quando ela acabou de falar com Jesus, partiu. Foi chamar Maria.

E quantas não são as vezes em que alguém a chama à parte, a afronta ou fala sério consigo, tenta fazê-la raciocinar acerca dos seus erros ou conduta, ou até mesmo daquilo que Deus lhe promete, e você, se colocando como uma pessoa religiosa, revela uma fé emotiva ou fanática? Sim… porque se não estamos ativando a nossa fé, nos tornamos pessoas crentes: Alguém que fala acerca da Palavra de Deus, mas não tem vida.

Mas quando exercitamos a fé, é diferente! Conseguimos absorver, observar e ouvir a voz de Deus.

Você pode reparar que, normalmente, a mulher tem receio de falar certas verdades, sobretudo sem rodeios… Não consegue ser prática; tem sempre que falar de uma forma emotiva, para não machucar. E isto, porque ela mesma é assim, pois se alguém lhe diz, diretamente, que é orgulhosa, por exemplo, “acaba com ela”! Fica “emburrada”, chateada, não repara a si própria e parte para a “defesa”, tentando fazer outras coisas… como fez Marta.

“E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.”

Eu não estava lá na altura, e não sei… mas a Palavra de Deus não revela que o Senhor Jesus tenha mandado chamar Maria. Mas Marta, com certeza, estava tão agoniada com as perguntas de Jesus, que o fez por sua própria autonomia.

E sabe, que às vezes, internauta, eu vou conversar com algumas pessoas que estão na Igreja e as questiono, e elas ficam tão agoniadas e desorientadas, porque elas mesmas não sabem responder às perguntas. E sabe porquê? Porque não se prepararam, não se “perguntaram”… E é mais fácil vigiarmos outras pessoas, julgarmos, condenarmos, olharmos com maus olhos, do que repararmos a nós próprios… isto é muito mais difícil!

Para você reparar, tem que prestar atenção, e Marta não estava “a fim” de prestar atenção… E então preferiu chamar Maria, com quem o Senhor Jesus certamente conversaria e pararia de fazer perguntas às quais Marta não sabia responder.

Só pelo fato de não saber responder, isso já mexe com o orgulho da própria pessoa.

“(Pois, Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.)”

Marta tinha perdido o irmão, e Maria também. E certamente Marta estava procurando um consolo, pois habitualmente é isso que as mulheres gostam de receber… mas que não resolve absolutamente nada. Interessante, que ao procurarmos resolver as situações através da emoção, sempre queremos as coisas do nosso jeito, principalmente quando somos a “vítima” da história: “O Senhor não sabe como estou sofrendo? Perdi o meu irmão, e o Senhor ainda me faz perguntas acerca de ressurreição e de vida?!”

Jesus não estava agitado, mas Marta estava agitada no seu interior e, com certeza, no exterior.

“Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.”

Observe que os judeus estavam tentando consolar Maria, e quando a viram levantar-se apressadamente para ir até Jesus, julgaram por si próprios que ela estaria indo até ao sepulcro chorar: “Vamos lá ajudá-la… dar-lhe um amparo.”

O consolo parece uma resposta, mas não é… apenas ameniza a aflição mas não resulta, porque não traz paz.


“Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.”

Maria disse as mesmas palavras que Marta, mas com uma observação muito importante: Maria lançou-se aos pés de Jesus; não foi abraça-Lo a chorar, mas lançou-se aos Seus pés. Achegou-se ao Senhor Jesus aflita, sofrendo, e disse-Lhe o que estava no seu interior… e a forma como agiu , mostrou a sua sinceridade.

Marta, por outro lado, mesmo parecendo ser sincera ao cobrar o Senhor Jesus, como muitas pessoas fazem, no entanto, fê-lo sem crença, e quando assim fazemos, é porque não existe sinceridade. Quando agimos assim, não nos tornamos transparentes em relação ao que somos, e ao que está a acontecer conosco. Apenas obrigamos a que a outra pessoa cumpra os seus deveres… como foi o caso de Marta.

Maria chegou aos pés do Senhor Jesus e reconheceu: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.” Ela prostrou-se!

E há momentos na nossa vida em que realmente estamos tristes, fracas…

Estamos falando de Marta e Maria, mas eu também não sou poderosa… ninguém é! Temos as nossas fraquezas, mas aqui é que entra a grandeza da fé, pois quando estamos fragilizadas e tristes por causa de alguma situação, nós participamos isso a Deus de forma sincera. E esta sinceridade não está apenas ligada a cobranças, mas à transparência.

Além de Maria participar a sua dor, ela chorou diante de Jesus.

Interessante, que muitas pessoas querem manter uma postura de hipocrisia diante dos demais, aparentando uma coisa que não são. Mas Maria foi sincera, e isto é de extrema importância para Deus, porque Ele sabe que nós somos imperfeitos. No entanto, podemos aperfeiçoar-nos exercitando a fé, porque a nossa tendência é pecaminosa e somos tentados a usar uma fé emotiva, mas se temos zelo por aquilo que recebemos de Deus, então ficamos atentas a todo o momento, não dando brecha para esquecer o que aprendemos… Ainda que passe um momento de fé emotiva, reparamos e corrigimos!

E é para isto que quero chamar a sua atenção: A forma como Maria chegou até Jesus foi diferente. Muito diferente…

E por vezes a pessoa cobra de Deus algo, mas ela mesma não dá, não é transparente.

Como aconteceu comigo: De repente, surgiram um filho e uma filha na minha vida, e esta filha cobrou de mim algo a mais. E eu falava, ensinava, orientava: “Você tem que ser transparente; quanto mais você for assim, mais me cativa.”

Porque quando não somos transparentes é porque desconfiamos, temos medo e não amamos de verdade.

Muitas vezes, a minha filha cobrava algo a que ela não tinha direito, porque não estava a fazer aquilo que eu lhe havia ensinado. Eu até entendia que ela não sabia, que veio depois de muitos anos, mas ela tinha que ouvir o que lhe estava a ser orientado: “Seja transparente, fale com a sua mãe; se você tem dúvidas, pergunte… não tenha medo”. E mesmo assim, ela permanecia com as suas reservas, por conta daquilo que viveu no mundo.

Isso acontece com muitas pessoas, e eu também já fui assim, em função do meu passado. Era “amarradinha” quanto ao que precisava resolver.

Mas, por outro lado, mostramos que amamos verdadeiramente, quando expomos quem somos, o que se passa conosco, as nossas dúvidas, etc.

Maria foi transparente, e isso agrada a Deus! Assim como quando nós o somos, cativamos a Deus e chamamos a Sua atenção para nós.


“Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.”

Jesus chorou?! Sim, Ele sente a dor daqueles que Lhe são próximos. E nem todas as pessoas o são… Talvez você seja distante de Deus e mesmo falando palavras eloquentes na Sua presença, se convencendo de que está falando “bonito”, não é isso que Ele quer. Deus quer que você seja original.

Quando Maria chorou, Jesus se comoveu… e aquilo que Ele sentiu não era baseado numa simples emoção, mas porque procurava alguém que aproveitasse aquela oportunidade para se aproximar d’Ele. Enquanto diante do problema difícil, os judeus procuravam consolar e Marta ficava indiferente à presença do Senhor Jesus, Maria aproveitou a sua oportunidade: Falou o que estava dentro dela.

Eu passo a ser Um com Deus, quando a minha dor é a dor d’Ele. Imagine que eu tenho a dor de ser injusta com Deus, não querendo apresentar-me diante d’Ele de qualquer maneira… Quando penso assim, eu tenho a dor que Ele tem; a dor de poder enxergar como Ele me enxerga.

Não a dor de ficar parada ou estagnada, mas uma dor movida pela fé que eu tenho que exercitar e que me leva a estar mais atenta diante d’Ele. Não é uma dor de fracasso, de culpa, de condenação – resultado dos meus egoísmos – mas a dor de não ter feito o que preciso, que é usar a fé. E é isto que move a Deus!

Uma alma para Deus é valiosíssima, e você está lidando com muitas almas, familiares, pessoas no seu trabalho, às quais, por vezes, você permanece indiferente… aceita ser de qualquer jeito, age de forma errada, e não pensa em dar a vida por aquela pessoa… porque se o fizesse, realmente estaria sentindo a “dor” de Deus. Porque Ele deu o Seu único Filho por amor à nossa alma.

O Senhor Jesus não estava atentando para os sentimentos, mas para a alma de Maria, de Marta, daqueles judeus… e a dor d’Ele era que muitos estavam ali, tendo a oportunidade, mas não se davam conta, não reparavam a si mesmos, e isso dói em Deus: o fato de você estar tendo a oportunidade de corrigir os seus erros, mas persistir em cometê-los…

Amiga internauta, eu vou deixá-la ter o seu momento com Deus, e assim que você tiver oportunidade e queira participar aqui no Blog, pode deixar o seu comentário. Será um grande prazer lê-lo.

Um grande abraço para vocês!

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105 comentários

  1. Dona Viviane, muito obrigada por compartilhar o que o Espírito Santo tem te revelado. No primeiro dia eu não sabia dizer quem eu era: Lázaro, Marta ou Maria. Porém, cada vez mais me percebo como Marta, agitada e emotiva. Tenho muito o que mudar, mas desde já agradeço a Deus por me mostrar hoje o que tenho sido.

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